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Quem é a primeira mulher piloto de combate formada pelo Exército Brasileiro?; saiba mais

Aos 24 anos, tenente Emily de Souza Braz se forma após mais de um ano de preparação intensa

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 15 de abril de 2025 às 11:20

Quem é a primeira mulher piloto de combate formada pelo Exército Brasileiro?; saiba mais Crédito: Reprodução/Instagram Exército Brasileiro

A Aviação do Exército Brasileiro registrou um feito inédito: pela primeira vez em quase quatro décadas, uma mulher foi oficialmente formada como piloto de helicóptero de combate. A protagonista desse marco é a tenente Emily de Souza Braz (25), e conquistou seu brevet no Centro de Instrução de Aviação do Exército (Cavex), em Taubaté (SP).

Natural de Santana do Livramento, na fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, Emily tem raízes militares, é filha de um sargento e integrou a primeira turma da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) que aceitou mulheres na formação de oficiais combatentes, concluída por ela em 2021.

Curiosamente, ser piloto não era parte dos seus planos iniciais. A inspiração veio em 2020, durante uma missão de apoio logístico, quando um piloto lhe entregou um distintivo de aviação com um pedido simbólico: devolvê-lo apenas quando chegasse a Taubaté. “Antes da Aman, eu nem sabia que existia aviação no Exército”, contou.

A formação da tenente envolveu 63 semanas de treinamento rigoroso, que incluiu mais de 1.400 horas de voo real e 400 em simuladores. Ela e outros 13 militares, todos homens, passaram por avaliações técnicas exigentes, que testaram habilidades de navegação, voo noturno, manobras táticas e reação a situações de emergência.

Apesar da diferença de gênero, Emily afirmou que recebeu acolhimento da turma e que o tratamento durante o curso foi igualitário. “Fomos muito unidos”, destacou. As aeronaves com as quais ela treinou são avaliadas em cerca de 50 milhões de euros cada.

Agora formada, a militar expressa o desejo de ampliar sua atuação e especializar-se em operações na selva. “Quero cumprir diferentes missões, adquirir experiência e me preparar ainda mais. Pretendo servir como piloto na selva também”, revelou. O marido, também piloto militar, deve acompanhá-la nesse novo ciclo.

Quem é a primeira mulher piloto de combate formada pelo Exército Brasileiro?; saiba mais Crédito: Reprodução/Instagram Exército Brasileiro

O Exército já projeta ampliar a presença feminina em seus quadros. Segundo o general Tomás Paiva, comandante da Força, o número de mulheres no efetivo já subiu de 8% para 12%, e há expectativa para que, nos próximos anos, turmas exclusivamente femininas componham tripulações de voo. Em 2026, está prevista a abertura de mil vagas para voluntárias, com foco inicial nas áreas da saúde e nos colégios militares.

Mesmo diante de restrições ainda existentes para mulheres em certas funções de combate, Emily acredita em um caminho de crescimento. “Recomendo que as meninas que estão vindo não desistam. A gente tem competência e capacidade de alcançar qualquer espaço”, afirmou. Ao ser questionada sobre a possibilidade de chegar ao posto de general, respondeu com firmeza: “Quero que isso seja uma consequência do meu trabalho, não uma meta em si.”