Rede social usa seu saldo bancário atual como nome de usuário; conheça

Você entraria em uma rede social que informa a todo mundo qual é seu saldo bancário? É esse o objetivo central da Twocents, uma nova plataforma um tanto quanto inusitada. O interesse do site é mostrar quanto dinheiro você tem - e é dessa forma que as pessoas poderão identificar os demais usuários.

A plataforma troca o famoso "@" do nome de usuário por um "$", exibindo qual o patrimônio que aquele indivíduo tem em contas bancárias, ativos em empresas de investimento e mesmo em criptomoedas. 

Os interessados podem informar qualquer valor como suas respectivas fortunas, mas só são verificados após vincularem suas contas bancárias à plataforma. Segundo a rede social, é possível confirmar a informação sem identificar o dono de um ativo. 

Os usuários podem conversar dentro de tópicos, algo similar às comunidades do antigo Orkut. Além disso, é possível votar em enquetes e comparar seu dinheiro com o de outras pessoas. "Queremos conectar pessoas ricas a pessoas inteligentes", disse Andi Duro, fundador da Twocents ao New York Post. "Muito da vergonha desaparece quando você sabe que todos na sala estão na mesma posição".

O patrimônio, inclusive, aparece em toda a Twocents. Nas enquetes, por exemplo, a fortuna de quem votou em cada opção é destacada ao lado do número de votos que cada tópico recebeu.

A Twocents está em fase de testes com pessoas selecionadas desde que foi lançada, em dezembro de 2024, e deve ficar disponível para todos até o final do ano, segundo o jornal New York Post. Hoje, são 1.400 pessoas cadastradas no total e, ainda segundo o veículo, mais de US$ 150 milhões (R$ 820 milhões) já foram vinculados pelos primeiros usuários.

A maior fortuna verificada é de US$ 16 milhões (cerca de R$ 90 milhões), mas há outros perfis com valores maiores que ainda não foram confirmados. Segundo Andi Duro, o plano é ampliar os tipos de bens que usuários podem cadastrar, incluindo imóveis, participações em startups e veículos de luxo.

A rede social também deve permitir informar dívidas, como financiamento de imóveis, empréstimos estudantis e gastos com cartões de crédito. A ideia é oferecer uma "transparência radical" para os usuários, que costumam usar a rede social para conversar não só a respeito de dinheiro, mas também de política, relacionamentos e carreira, segundo o fundador.