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Rico Melquiades se cala na CPI e não responde a 12 perguntas-chave; veja a lista

Influenciador se recusou a responder perguntas na CPI das Bets e permaneceu em silêncio sobre contratos e valores

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 14 de maio de 2025 às 17:19

Rico Melquiades durante CPI das BETs
Rico Melquiades durante CPI das BETs Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado/Divulgação

O influenciador digital Rico Melquiades, conhecido por vencer A Fazenda 13, permaneceu em silêncio diante de ao menos 12 questionamentos feitos durante sua participação na CPI das Apostas Esportivas, nesta quarta-feira (14), no Senado Federal. Convocado para depor sobre sua atuação na promoção de jogos de azar, o influenciador compareceu munido de um habeas corpus preventivo, que lhe garantiu o direito constitucional de não produzir provas contra si mesmo.

A estratégia jurídica de silêncio, comum em depoimentos de CPIs com potenciais implicações criminais, gerou frustração entre parlamentares, especialmente diante da gravidade das suspeitas que recaem sobre Melquiades, incluindo promoção irregular de apostas, envolvimento com contratos milionários e possível falsidade ideológica.

Durante a sessão, Rico se recusou a esclarecer uma série de temas sensíveis. Veja os principais pontos em que optou por permanecer calado:

Não explicou por que confessou ter promovido apostas de forma irregular;

Se negou a falar sobre a suposta multa de R$ 1 milhão que teria recebido;

Não revelou quanto recebeu por campanhas publicitárias de casas de apostas;

Se calou sobre a mudança de postura — de promotor a crítico das apostas online;

Recusou-se a informar o valor atual de seu novo contrato com uma plataforma de jogos;

Optou pelo silêncio ao ser questionado sobre suposta falsidade ideológica;

Não quis falar sobre um possível acordo judicial firmado anteriormente;

Ignorou novas perguntas sobre o mesmo acordo judicial;

Não respondeu se o inquérito que investiga sua conduta já foi encerrado;

Se recusou a dizer qual contrato com empresas do setor foi o mais lucrativo;

Não comentou o bloqueio judicial de R$ 5,7 milhões de suas contas bancárias;

Se negou a fazer, ao vivo, o resgate de uma aposta supostamente ativa, para comprovar sua veracidade.

Direito ao silêncio garantido

Amparado por decisão judicial, Rico exerceu o direito ao silêncio, comum em CPIs com investigações que podem resultar em desdobramentos criminais. Mesmo sob insistência dos senadores, o influenciador manteve a postura reservada durante a maior parte da oitiva.

A CPI das Apostas Esportivas investiga o possível envolvimento de influenciadores e casas de apostas em práticas ilegais de promoção de jogos, aliciamento de apostadores e ocultação de ganhos. As denúncias apontam para um esquema milionário envolvendo contratos publicitários pouco transparentes, acordos extrajudiciais e supostos crimes contra o consumidor.

A convocação de Rico ocorre em meio a um movimento mais amplo do Senado para responsabilizar personalidades da internet que promovem plataformas de apostas sem o devido licenciamento ou clareza contratual.