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'Não sou responsável por menores que apostam', diz Rico Melquiades na CPI das Bets

Influenciador nega lucro com perdas de usuários e afirma que responsabilidade por menores é dos pais

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 14 de maio de 2025 às 15:07

Rico Melquiades na CPI das Apostas  Crédito: Reprodução/TV Senado

O influenciador Rico Melquiades, vencedor de 'A Fazenda 13', prestou depoimento nesta quarta-feira (14) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas, no Senado Federal. Durante a oitiva, ele afirmou que sua fortuna não é oriunda exclusivamente de parcerias com casas de apostas e se defendeu das acusações de envolvimento com jogos ilegais.

"Meu dinheiro não é só de bets. Antes disso, ganhei R$ 1,5 milhão em um reality show e fechei muitas campanhas publicitárias durante a pandemia", declarou o influenciador, que teve R$ 5,7 milhões bloqueados no início do ano pela Justiça na Operação Game Over 2. Segundo ele, os valores foram liberados após o pagamento de multa de R$ 1 milhão.

Questionado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) sobre a relação com plataformas de apostas, Rico reforçou que mantinha apenas contratos fixos de publicidade e nunca recebeu comissão por perdas dos apostadores. "Eu tinha um contrato fixo com a Blaze. Se as pessoas jogassem ou não, eu receberia o mesmo valor. Nunca ganhei por perdas alheias."

Em um dos momentos mais marcantes da audiência, Rico rebateu críticas sobre a influência de conteúdos envolvendo apostas em menores de idade: "Quem tem que cuidar é o pai e a mãe, não eu. Tenho um sobrinho de 12 anos, e eu monitoro tudo que ele vê na internet. A responsabilidade é dos pais."

Mesmo tendo garantido o direito ao silêncio pelo Supremo Tribunal Federal, o influenciador respondeu à maioria das perguntas e negou uso pessoal da chamada "conta demo",  uma modalidade usada por criadores de conteúdo para divulgar apostas de forma simulada, mas com aparência real. "Sei o que é, mas nunca usei. É uma conta real fornecida por quem contrata, com login e senha", afirmou.

Rico ainda alegou que seu envolvimento com apostas se limitou à publicidade e que os detalhes da investigação correm sob sigilo judicial. "Nunca tive relação direta com as empresas além dos contratos. Tudo está sendo apurado, e estou à disposição", disse ao colegiado.

O depoimento aconteceu um dia após a influenciadora Virginia Fonseca também ser ouvida pela CPI. Assim como ela, Rico negou a existência da chamada "cláusula da desgraça alheia" nos contratos com as plataformas.

A CPI das Bets foi instaurada para apurar possíveis irregularidades e responsabilidades na promoção de apostas on-line por figuras públicas e celebridades.