Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Rosiane Pinheiro faz forte desabafo: 'Fui abusada, feita de escrava. Me batiam, queimavam e tentaram me matar'

Dançarina revelou traumas da infância, episódios de racismo e superação em série de stories emocionantes

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 13:45

Rosiane Pinheiro
Rosiane Pinheiro Crédito: Reprodução

A dançarina e madrinha de bateria da Vai-Vai, Rosiane Pinheiro, emocionou os seguidores ao fazer um desabafo profundo nas redes sociais nesta terça-feira (8). Após ser chamada de “decadente” por um internauta, ela transformou o ataque em um relato de força e sobrevivência, abrindo o coração sobre violências sofridas na infância, traições e racismo ao longo da vida.

Rosiane Pinheiro por Reprodução

“Esses são os comentários diariamente! Até quando, meu Deus, as pessoas são frustradas?”, escreveu. “Já já volto a responder eles com vídeo, tô muito quietinha ultimamente”, completou, mostrando que não se deixa abater.

Em seguida, Rosiane detalhou sua trajetória marcada por luta. “Comecei a trabalhar com 12 anos pra sustentar minha família. Fui costureira, manicure, empregada doméstica, auxiliar de serviços gerais, vendedora, recepcionista, promotora de eventos e atendente de loja”, contou. “Já fui traída, roubada, boicotada, quase morta. Vocês acham mesmo que pessoas frustradas vão me parar? Me poupe.”

A artista revelou ainda episódios chocantes de violência na infância. “Na infância fui abusada. Minha madrasta me fazia de escrava, queimava minha boca com colher quente e batia minha cabeça na parede pra que eu fosse a serviçal da casa. E ainda assim me mantive bondosa. Nunca deixei a maldade alheia me tornar má.”

Rosiane afirmou que, mesmo após um período de depressão e afastamento dos holofotes, conseguiu se reerguer. “Agora estou erguida. Nada me derruba. É daqui pra cima.”

Em outro trecho, ela falou sobre o racismo e a dificuldade de reconhecimento para artistas negros. “As pessoas falam muito sobre brancos ocuparem lugares de negros, mas a verdade é que nós, pretos, nunca tivemos nossos lugares. Sempre tivemos que lutar por um espaço mínimo e, ainda assim, não somos tão valorizados quanto os brancos.”

Encerrando o desabafo, Rosiane deixou uma mensagem de união e resistência. “As portas para os nossos sempre são mais difíceis. Somos nós por nós. Tento sempre ser elo de paz, união e amor em qualquer lugar que eu pise. E assim continuarei. Desculpem o desabafo.”

Com mais de 25 anos de carreira, Rosiane Pinheiro construiu uma trajetória marcante na música e no samba. Ex-integrante da Gang do Samba e atual madrinha de bateria da Vai-Vai, ela segue como símbolo de força e representatividade, provando que o brilho de uma mulher preta jamais se apaga.

Tags:

Rosiane Pinheiro