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Saiba quais são as principais causas de deficiência visual e cegueira no mundo

A maior parte dos casos são evitáveis ou tratáveis

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 3 de julho de 2025 às 23:00

Tratamento oftalmológico
Tratamento oftalmológico Crédito: Shutterstock

O olho é uma das partes do corpo mais sensíveis e precisa de um cuidado atento para prevenção de doenças, desenvolvimento de deficiências e para cegueira. Essa necessidade é uma realidade já que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de deficiência visual no mundo são evitáveis ou tratáveis. No Brasil, não é diferente e os dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) reforçam esse cenário: a catarata lidera como principal causa de cegueira reversível, enquanto o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível.

Outras condições também aparecem entre as principais causas de deficiência visual, de acordo com a OMS, afetando o Brasil e o mundo. Erros de refração, miopia, hipermetropia, astigmatismo, catarata, glaucoma, retinopatia diabética são algumas dessas questões oculares que afetam a qualidade de vida de adultos e idosos.

De acordo com especialistas, o diagnóstico precoce e a prevenção contínua são fundamentais, especialmente para as crianças, já que doenças oculares podem provocar grandes alterações de aprendizado, comportamento social, desenvolvimento cognitivo e perdas socioeconômicas por toda a vida.

O oftalmologista César Sampaio, do Hospital Mater Dei Salvador (HMDS), destaca que a falta de acompanhamento oftalmológico regular é uma das principais barreiras no enfrentamento dessas doenças. “A visão é um dos nossos sentidos mais preciosos. Quem a perde, mesmo que parcialmente, perde também autonomia, liberdade e bem-estar. O problema é que muita gente só procura ajuda quando a doença já está avançada e o tratamento fica mais dispendioso e com menos benefício” afirma.

Ele detalha que existem tratamento para a maior das condições: nas crianças, o uso de óculos é, entre todos os tratamentos médicos, o de menor custo e maior benefício, já a catarata que afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos tem tratamento eficaz por meio de cirurgia para substituição do cristalino por uma lente intraocular. “É um procedimento seguro, acessível e com altíssimo índice de sucesso. O paciente volta a enxergar com nitidez e retoma sua rotina com independência”, explica o médico sobre a doença que torna a lente natural do olho opaca e esbranquiçada.

Já o glaucoma, segundo ele, é mais traiçoeiro. Avançando de forma silenciosa, se não for diagnosticado precocemente, ele pode levar à perda definitiva da visão. Na Bahia, estima-se que a prevalência da doença entre pessoas com mais de 40 anos seja de 3,5%, índice ainda mais preocupante entre a população negra, que tem maior predisposição genética. “O glaucoma não dói e, na maioria dos casos, só é percebido quando o campo visual já está comprometido. Por isso, a consulta de rotina é essencial ,principalmente quando existem casos de glaucoma na família”, reforça Sampaio.

Além das doenças da retina e do nervo óptico, há ainda as alterações da parte anterior do olho, como conjuntivite, ceratite, pterígio e muitas vezes ligadas a fatores ambientais como exposição solar intensa, vento, poeira e falta de lubrificação ocular.

Os traumas também correspondem a uma importante causa de perda da visão entre trabalhadores, explica o doutor. “Na Bahia, vemos muitos casos relacionados ao clima quente e seco, o que exige cuidado redobrado com proteção solar e higiene ocular. Prevenção é a chave”, conclui César Sampaio.