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Fernanda Varela
Publicado em 4 de novembro de 2025 às 14:00
Mais de duas décadas depois do assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, uma suposta carta psicografada atribuída aos pais de Suzane voltou a repercutir nas redes sociais. O texto, divulgado em junho de 2025 pelo canal O Espiritualista, no YouTube, afirma que o casal teria perdoado a filha e compreendido seu destino.>
Pais de Suzane von Richthofen
O crime aconteceu em 31 de outubro de 2002 e chocou o país. Suzane, então com 18 anos, foi condenada junto aos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos pela morte dos pais, em um caso que marcou a história policial brasileira.>
Na mensagem psicografada, os pais se dirigem a Suzane com palavras de carinho e falam sobre amor incondicional, arrependimento e fé na mudança. O texto diz que a filha não teria sido a única responsável pelo crime, mas influenciada por “mentes malévolas” e por circunstâncias espirituais que, segundo o relato, fariam parte da vontade divina.>
“Minha querida filha, escrevo estas palavras em aflição, mas também cheio de esperança e amor incondicional por você. Quero que saiba, acima de tudo, que eu a amo e sempre amarei. Não importa quais erros tenha cometido. Nossa filha, Suzane von Richthofen, não possui qualquer cumplicidade no crime que abala este tribunal”, diz o trecho da carta.>
O texto segue afirmando que “foi a mão do destino que determinou que nosso ciclo terreno chegasse ao fim” e que “a vida e a morte estão nas mãos de Deus”. Em outro momento, a mensagem expressa confiança na capacidade de transformação da filha.>
“Minha filha, acredito que esses erros não definem quem você é e acredito que você é capaz de se redimir, de encontrar o caminho certo. Sei que está arrependida e quer fazer as pazes consigo mesma e com os que magoou. Não importa o que aconteça, nós amamos você.”>
Nem o canal O Espiritualista nem os veículos que repercutiram o conteúdo apresentaram comprovação sobre a origem da psicografia. A autenticidade da carta, portanto, não foi confirmada oficialmente. Ainda assim, o texto reacendeu debates nas redes sociais sobre perdão, espiritualidade e o caso Richthofen, que continua sendo um dos mais discutidos da história criminal brasileira.>