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Dirigente do Palmeiras sai em defesa de Abel e detona Ceni: 'Questão de ética complicada'

Treinador tricolor deu uma invertida no português após criticas ao gramado da Fonte Nova

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 18:05

Anderson Barros Crédito: Reprodução/X

O triunfo do Bahia por 1x0 sobre o Palmeiras, na Arena Fonte Nova, pela 25ª rodada do Brasileirão, teve o gramado como grande protagonista. O campo, que chamou a atenção pelo tom acinzentado, levantou muitas críticas pelo lado da equipe paulista.

A situação ganhou peso extra após a súmula do árbitro Anderson Daronco registrar que o gramado “não apresentava boas condições para a prática do futebol” e que havia sido utilizada “muita tinta verde” para encobrir suas imperfeições.

Em contrapartida, a administração da Fonte Nova e a empresa Greenleaf justificaram que o aspecto se deu por uma intervenção de manutenção, que não teria afetado os indicadores técnicos de tração, compactação, resistência e umidade.

Bahia encarou o Palmeiras na Fonte Nova e venceu com gol de Ademir por Rafael Rodrigues/EC Bahia

Abel Ferreira dispara contra as condições do gramado

Após a derrota, Abel Ferreira não poupou críticas à Fonte Nova. O português relacionou as lesões de Lucas Evangelista e Piquerez, que foram substituídos antes dos 30 minutos da primeira etapa, às condições do campo e disse que o nível da competição não permite jogos em situações como essa.

“É difícil. Não estamos preparados para esse tipo de situação, nem para jogar em um campo assim. Estamos falando de futebol de alto nível, profissional. Isso deveria ser inadmissível. As lesões surgem pelas condições do gramado, porque o pé fica preso. Conseguem ver que o gramado é pintado. Não consigo entender”, afirmou.

O treinador ainda comparou o piso ao de um baba: “Como nós queremos jogar futebol num gramado desse? Não dá para criar. A equipe que foi mais feliz foi em uma ação individual de um jogador canhoto que arrematou com o pé direito. Tivemos as mesmas oportunidades. Foi um jogo disputado. O gramado parecia de rachão”.

Rogério Ceni rebate críticas

Na coletiva pós-jogo, Rogério Ceni defendeu que o gramado prejudicou mais o Bahia do que o Palmeiras, invertendo a narrativa construída pelo treinador adversário. Segundo ele, a maneira como o Verdão joga até se adequaria mais a um campo irregular.

"A cor do gramado estava muito feia mesmo, realmente. Para o Palmeiras é melhor o gramado ruim, porque eles só fazem ligação direta. A característica de jogo deles é Weverton-Flaco-Vitor Roque na frente", analisou.

Para o treinador tricolor, o impacto negativo foi maior em sua equipe: " Para um time que põe mais a bola no chão, atrapalha mais. Nós também gostaríamos que o gramado estivesse em melhores condições, mas acho que atrapalhou muito mais pra nós do que pra eles. E sobre lesão, para quem joga em gramado sintético, reclamar de lesão em um gramado natural fica feio".

Torcida do Bahia por Esporte Clube Bahia/Divulgação

Anderson Barros reage e resgata fala antiga de Ceni

As declarações de Ceni repercutiram rapidamente e levaram o diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, a responder. O dirigente defendeu Abel Ferreira e classificou as palavras do técnico do Bahia como um deslize ético, em entrevista ao ge.

"Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos conquistados sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e ele deveria repensá-la", afirmou Barros.

O dirigente também destacou que a crítica do Palmeiras ao gramado não teve relação direta com o resultado da partida, mas com a necessidade de evolução do futebol nacional: "Sempre que o Palmeiras faz uma reclamação, é pelo bem do futebol. É para tentar fazer com que o futebol brasileiro evolua. Em momento algum, nós culpamos o campo ruim da Fonte Nova pelo resultado de ontem".

Barros, no entanto, lembrou que o próprio Ceni já havia criticado o gramado da Fonte Nova em 2024, após derrota para o Cuiabá, quando chegou a afirmar: “Repito, um gramado que não tem a mínima condição. É preferível ter um gramado sintético do que jogar neste gramado aqui”. Para o dirigente, a mudança de discurso do técnico é incoerente e evidencia contradição.

Ao defender a instalação do sintético no Allianz Parque, Barros ainda reforçou que a decisão foi tomada pensando na integridade física dos atletas: “Muita gente diz que colocamos o sintético por ganho esportivo ou por causa de shows, mas não é verdade. Até 2019, o campo era ruim. Decidimos mudar pensando na integridade física dos atletas, sejam do Palmeiras ou adversários”.