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Elaine Sanoli
Publicado em 24 de julho de 2025 às 23:02
Foi condenada a 47 anos de prisão a mulher que matou o marido envenenado após desviar cerca de R$ 13 mil que pertenciam à vítima. Além do esposo, um colega de trabalho também foi envenenado. A ré também foi condenada a pagar R$ 50 mil em indenização aos herdeiros de cada uma das vítimas. O caso foi julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Juazeiro, no norte da Bahia, na última quarta-feira (23). >
Adriana dos Santos Gomes foi denunciada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) após provocar a morte de Igor Jonatas dos Santos Silva, de 26 anos, seu marido, e Marcos Vinícius Barbosa dos Santos, de 45, colega de trabalho de Igor, em 6 de outubro de 2023. Ela foi presa em maio de 2024. >
Esposa foi condenada por matar marido e colega de trabalho envenenados em Juazeiro
As investigações indicaram que Adriana Gomes colocou veneno na marmita que preparou para o companheiro levar para o trabalho. Nas análises em restos de comida da marmita foram encontrados vestígios de Terbufos, conhecido popularmente como chumbinho. Os dois trabalhavam na empresa SpecialFruit, na Zona Rural de Juazeiro. Por volta das 12h, Igor dividiu a marmita com o colega, os dois passaram mal e foram socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiram. Igor morreu de imediato e Marcos faleceu no dia seguinte.>
A denúncia do MP apontou que Igor costumava dar dinheiro para que Adriana depositasse em sua conta bancária, com o objetivo de comprar um carro. No entanto, a mulher se apropriava dos valores fazendo diversas transferências via PIX. Dias antes de ser morto, Igor queria fazer uma festa e tinha pedido que Adriana retirasse a quantia que estava guardando para a compra do automóvel. Não podendo restituir o valor, ela disse que estava enfrentando problemas com o cartão que a impossibilitavam de fazer o pagamento no momento. Poucos dias após, Igor foi envenenado por Adriana. Ela desviou cerca de R$ 13 mil. >
Durante as investigações do caso, Adriana tentou desviar o foco da investigação com informações erradas, apontando suspeitos ou fatos que foram investigados e não possuíam ligação com as mortes. A ré ainda "manipulou provas, apagou mensagens do aparelho celular de Igor, escondeu seu aparelho celular numa clara intenção de esconder sua participação no fato, além do mais, afirmou que teria apagado algumas 'carinhas vermelhas' da conversa entre ambos, quando foi entregar o celular à Delegacia", declarou o MP na denúncia.>