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'Essa guarnição não usa câmera', diz tenente-coronel da polícia militar sobre PMs que estavam na ação que matou jovem de 19 anos

Fala foi feita durante protestos pela morte de Luiza Silva dos Santos na Engomadeira

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 14 de abril de 2025 às 21:11

Manifestação foi marcada por críticas à PM
Manifestação foi marcada por críticas à PM Crédito: Marina Silva/CORREIO

Depois da morte da jovem Luíza Silva dos Santos, de 19 anos, após ação policial na Engomadeira neste domingo (13), o tenente-coronel Luciano Jorge, comandante da 23ª CIPM/Tancredo Neves, que engloba a localidade, disse que os policiais da equipe que estava presente no momento do incidente não usam câmeras de segurança nos uniformes.

“As nossas guarnições [da 23ª CIPM] usam a câmera. Essa guarnição não usa”, disse Luciano Jorge durante os protestos de moradores na entrada do bairro, na região da Estrada das Barreiras, nesta segunda-feira (14). A informação é reiterada por uma fonte policial que diz que o grupo policial em questão não faz uso dos aparelhos corporais.

“A equipe da ação que acabou com a jovem morta é o que chamamos de PETO (Pelotão de Emprego Tático Operacional da Polícia Militar da Bahia), que atua em situações mais críticas e não faz uso do equipamento”, disse a fonte anônima em entrevista à colunista Flavia Azevedo.

O tenente-coronel ainda afirmou que durante a abordagem houve revide de criminosos que estariam no local. “Segundo a versão dos policiais, eles me asseguraram que houve resistência. Normalmente a guarnição não encontra homens armados ao chegar naquele ponto. Significa que quem estava fazendo a observação da movimentação policial não sinalizou a aproximação da polícia”, disse.

Ele também confirmou que os PMs envolvidos na ação foram ouvidos na noite de ontem e que as armas que usavam foram apreendidas para a realização da perícia. As investigações são conduzidas pela Polícia Civil e agora buscam a origem dos disparos que atingiram a vítima.

Duas versões sobre o caso

Luíza Silva dos Santos voltava da casa de uma amiga por volta das 16h40 do domingo, quando foi surpreendida por dois disparos no abdômen. No momento do incidente, os PMs levaram a jovem para o hospital, mas ela não resistiu. A família acusa a polícia pela morte de Luíza.

"Eles chegaram atirando e não havia nada que justificasse os disparos. O bairro estava tranquilo, ela tinha acabado de levar uma marmita para uma amiga e retornava para casa", disse uma familiar da vítima. Luíza cursava o terceiro semestre de Estética e Cosmética em uma faculdade particular de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

Em nota, a PM afirmou que houve confronto com bandidos antes da morte da jovem. "Diante da injusta agressão, os policiais reagiram e os suspeitos conseguiram evadir do local. Durante a varredura subsequente à troca de tiros, uma mulher foi encontrada ferida ao solo. A equipe policial prestou imediato socorro à vítima, que foi conduzida para atendimento médico, mas, infelizmente, evoluiu a óbito", afirmou a corporação.