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Enterro do papa Francisco reuniu mais de 250 mil pessoas em cerimônia no Vaticano

A cerimônia de sepultamento, porém, não contou com a presença de fiéis

  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Wladmir Pinheiro

Publicado em 26 de abril de 2025 às 09:53

Papa Francisco terá funeral hoje
Papa Francisco terá funeral hoje Crédito: Vatican News/Reproduçao

O funeral do papa Francisco foi acompanhado por mais de 250 mil pessoas neste sábado (26), segundo o Vaticano. A cerimônia começou na Praça de São Pedro, com a Missa das Exéquias, e foi encerrada na Basílica de Santa Maria Maggiore (Santa Maria Maior), onde o corpo foi sepultado.

A cerimônia de sepultamento, porém, não contou com a presença de fiéis, que puderam assistir apenas à missa e ao cortejo fúnebre por um percurso de 5,5 km.

Depois do velório na Basília de São Pedro, o corpo de Francisco foi levado em Cortejo até a igreja mariana, onde outros oito papas estão enterrados.

O funeral aconteceu neste sábado (26), na Praça São Pedro, quando foi celebrada a Missa das Exéquias, que marca o início do período de nove dias de luto e orações em homenagem ao pontífice. Fiéis e autoridades de 160 delegações estiveram no funeral.

Aplausos e lágrimas no adeus ao Papa

Assim que o caixão fechado foi colocado em frente ao altar externo da Basílica de São Pedro, o corpo de Francisco foi recebido com longos e emocionantes aplausos dos fiéis, que se aglomeravam na praça desde a madrugada.

Grupos de jovens chegaram a dormir na Praça de São Pedro para garantir um bom lugar. Por volta das 5h40 (0h40 de Brasília), uma multidão já aguardava no local. O acesso dos fiéis, que corriam para garantir um bom lugar para dar o último adeus a Jorge Mario Bergoglio, foi liberado pouco mais de 20 minutos depois.

Com o nascer do sol, a multidão tomou conta da Praça de São Pedro. Detectores de metal foram alocados nas principais vias de acesso. A polícia revistava mochilas e pedia que cada pessoa bebesse água de sua garrafa por medida de segurança.

Cerca de 50 chefes de Estado participam do funeral. Entre eles, estão o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Argentina (terra natal de Francisco), Javier Milei, e dez monarcas.

Minutos antes das 8h (3h pelo horário de Brasília), o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, chegou a Roma para participar do funeral. Na sexta-feira, ele tinha sinalizado que talvez não fosse à cerimônia por "falta de tempo".

A celebração foi feita por Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais. Perto do altar ficaram 220 cardeais e 750 bispos, além de aproximadamente 4 mil padres.

Battista Re chamou Francisco de "um papa do povo, de coração aberto a todos". O cardeal disse que o argentino sabia se comunicar com um estilo informal e espontâneo e lembrou que a última imagem que muitas pessoas têm de Francisco é a dele proferindo o que se tornaria sua bênção final no Domingo de Páscoa e saudando-o do papamóvel na mesma praça onde seu funeral é celebrado.

O cardeal também destacou o fato de Francisco ter defendido durante o seu papado que a Igreja deveria acolher os fiéis sem julgá-los. "Ele foi movido pela convicção de que a Igreja é um lar para todos, um lar com suas portas sempre abertas... uma Igreja capaz de se curvar diante de cada pessoa, independentemente de suas crenças ou condições, e curar suas feridas."

Battista Re foi interrompido pelos aplausos da multidão quando recordou o compromisso de Francisco com a paz. "Diante das guerras devastadoras destes anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o papa Francisco tem incessantemente levantado a sua voz implorando pela paz e apelando à sensatez, a negociações honestas para encontrar soluções possíveis, porque a guerra é apenas a morte de pessoas, a destruição de lares, hospitais e escolas", disse o decano. "A guerra deixa sempre o mundo pior do que era antes: é sempre uma derrota dolorosa e trágica para todos", acrescentou.

Após a homilia, as orações dos fiéis foram recitadas em francês, árabe, português, polonês, alemão e mandarim.