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Inflação na areia? Banhistas e vendedores comentam preços dos serviços no Porto da Barra

Alta estação leva mais gente à areia e expõe diferenças nos valores praticados por serviços da orla

  • Foto do(a) author(a) Nauan Sacramento
  • Nauan Sacramento

Publicado em 25 de dezembro de 2025 às 08:54

Praia com cadeiras de sol e pessoas
Praia com cadeiras de sol e pessoas Crédito: Nauan Sacramento

Com a chegada do verão, a praia do Porto da Barra passa a ficar ainda mais lotada. Moradores e turistas disputam espaço na areia em busca de sol, mar e alguma economia. Em meio ao movimento intenso, comparar preços virou hábito comum entre os banhistas, que escolhem barracas, horários e serviços de acordo com o bolso.

Entre os trabalhadores da orla, a variação de valores é tratada como algo recorrente. Márcia Cordeiro, 51 anos, que atua com o marido na região há seis anos, afirma manter os mesmos preços praticados mas outras estações. Segundo ela, a cadeira custa R$ 7, valor próximo ao adotado por outros barraqueiros. Ainda assim, reconhece que nem todos conseguem seguir a mesma tabela. “Tem pessoas que, por terem muitos funcionários, precisam aumentar o valor”, explica.

Praia do Porto por Nauan Sacramento

A moradora da Barra Eliete Souza, 65 anos, diz que já presenciou diferenças frequentes. “A gente vê acontecer sempre. Às vezes, o valor varia até pela ‘cara’ do freguês, se acharem que é turista. Isso gera até discussões entre os próprios barraqueiros. E a variação não é só na cadeira, mas também na comida, no guarda-sol e nas bebidas”, relata.

Segundo trabalhadores da praia, fatores como a extensão da faixa de areia e os horários de maior movimento influenciam nos preços, que podem variar entre R$ 5 e R$ 10 em determinados serviços. Áreas com mais espaço costumam atrair quem busca praticar atividades físicas, brincar com crianças ou ficar mais afastado das regiões mais movimentadas.

Frequentador assíduo de Salvador, o paulistano Junior Testta afirma não ter percebido grandes alterações nos valores de um verão para outro. Por costume, ele prefere permanecer sempre na mesma barraca, o que acaba influenciando sua escolha de lugar na praia. Já a moradora do Jardim Apipema, Leane Oliveira, acredita que os preços sobem durante a alta estação. “Na alta estação sempre aumenta. Com o fluxo de turistas e os moradores em férias, a praia lota ainda mais e os valores acompanham”, avalia.

Do lado dos trabalhadores, Michele Alves, 35 anos, que atua na região do Porto, destaca a atuação da fiscalização municipal. Entre as regras estabelecidas estão valores fixos e a proibição de troca de espaços sem autorização da prefeitura. Nenhuma barraca pode ocupar o local de outra sem consulta prévia ao poder público.

Para quem visita Salvador pela primeira vez, as diferenças de preços chamam atenção. A turista Suelem Barassol, do Mato Grosso, contou quanto pagou ao visitar a praia com a família. “Deu R$ 40 somando cadeiras e guarda-sol”, disse. Ela também comentou sobre os preços de outros itens, como o queijo coalho, que considerou alto.

A movimentação intensa deve seguir pelos próximos meses. Dados da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA) e da Prefeitura apontam que Salvador deve receber cerca de 3,4 milhões de turistas entre dezembro de 2025 e março de 2026, número 6% superior ao recorde anterior, registrado em 2020. Somente no primeiro trimestre de 2025, a capital baiana recebeu 2,6 milhões de visitantes. Para o Réveillon e o Carnaval de 2026, a expectativa é de praias com ocupação máxima, impulsionada pelo reforço de 1,6 milhão de assentos em voos para a cidade.

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Polêmica Praia Banhistas Barraqueiros