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Agência Correio
Publicado em 20 de dezembro de 2025 às 08:00
Sol forte, dias longos e a expectativa de descanso costumam marcar o verão. Mas, em meio a esse cenário, não é raro o corpo dar sinais de que algo não vai bem e a virose de verão aparece justamente quando menos se espera. Muita gente já precisou trocar a praia pela cama por causa disso. >
Mesmo quem nunca enfrentou o problema certamente conhece alguém que passou parte das férias lidando com enjoo, mal-estar e cansaço. A boa notícia é que existem formas eficazes de prevenir a virose e também de saber como agir caso ela surja.>
Gripe, virose, resfriado e sinusite
Com informação e alguns cuidados, dá para curtir o verão com mais tranquilidade.>
A virose é uma infecção causada por vírus que atacam o sistema gastrointestinal, afetando estômago e intestino. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, náusea, vômitos, diarreia e uma sensação generalizada de indisposição.>
De acordo com o Ministério da Saúde, essas infecções estão incluídas no grupo das doenças diarreicas agudas, que também podem ter origem bacteriana ou parasitária. Em comum, todas provocam alterações no funcionamento intestinal, dor abdominal e episódios de vômito.>
O calor intenso e a umidade típica do verão criam um ambiente favorável tanto para a proliferação de vírus quanto para a contaminação da água e dos alimentos. Por isso, durante férias e períodos de maior movimento nas praias, o risco de infecção aumenta.>
A transmissão da virose de verão acontece pela via oral-fecal. Em termos práticos, o vírus entra no corpo pela boca, geralmente por meio de água ou alimentos contaminados, mãos mal higienizadas ou contato indireto com secreções de pessoas infectadas.>
Engolir água do mar ou de piscinas contaminadas é uma situação mais comum do que parece e representa um risco real. Em dias chuvosos, quando a qualidade da água tende a piorar, a chance de contaminação é ainda maior.>
Antes de ir à praia, vale verificar se o local é próprio para banho. Áreas com histórico de contato com esgoto oferecem maior risco de transmissão.>
A alimentação também merece atenção. Prefira consumir alimentos de locais confiáveis ou leve lanches preparados em casa.>
Piscinas precisam estar bem tratadas, já que água mal cuidada também pode transmitir vírus.>
Lavar bem as mãos com frequência é uma das formas mais eficazes de prevenção. Quando isso não for possível, o álcool em gel é um bom aliado.>
Beba apenas água filtrada ou mineral e evite gelo feito com água de torneira.>
No caso de bebês com virose, os cuidados devem ser redobrados durante a troca de fraldas, evitando contato das mãos com a boca e garantindo a higiene adequada.>
A prioridade é manter o corpo hidratado. Água, água de coco e soro de reidratação ajudam a repor líquidos perdidos. Estudos indicam que a base do tratamento das gastroenterites é a reidratação associada ao alívio dos sintomas.>
A alimentação deve ser leve, com opções de fácil digestão, evitando comidas gordurosas ou pesadas.>
A automedicação não é recomendada. O Ministério da Saúde reforça que antibióticos não fazem parte do tratamento padrão da diarreia viral, exceto em situações específicas, sempre com orientação médica.>
É fundamental procurar atendimento médico em casos de febre persistente, vômitos contínuos, sangue nas fezes ou sinais claros de desidratação, como tontura, boca seca e diminuição da urina.>
Segundo a Johns Hopkins Medicine, a gastroenterite viral costuma durar de três a cinco dias. No Brasil, o Ministério da Saúde informa que as doenças diarreicas agudas podem se estender por até 14 dias, embora a maioria dos casos se resolva antes disso.>
Cada organismo reage de forma diferente. Crianças, idosos e pessoas com a saúde mais fragilizada podem levar mais tempo para se recuperar. Se os sintomas persistirem ou se agravarem, a avaliação médica é indispensável.>