Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Agência Correio
Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 20:00
Nanoplásticos na água engarrafada ganharam espaço no debate científico após um estudo identificar partículas que até então não eram detectadas. O tema chamou atenção por envolver um produto associado à praticidade e ao consumo cotidiano. >
A pesquisa foi publicada em periódico ligado à National Academy of Sciences e ganhou projeção internacional após ser destacada pela revista People, que ressaltou o caráter exploratório dos resultados.>
Beber água é fundamental
Os nanoplásticos são menores do que os filtros tradicionais conseguem reter. Mesmo sistemas avançados de filtragem não foram projetados para lidar com partículas nessa escala.>
Isso não significa falha nos processos atuais, mas sim um limite tecnológico. Os sistemas existentes foram desenvolvidos para remover impurezas maiores, não fragmentos nanométricos.>
A utilização de microscopia a laser permitiu identificar partículas antes invisíveis em análises convencionais. Essa técnica oferece um nível de detalhamento muito superior.>
Os pesquisadores explicam que essa inovação representa um avanço metodológico importante, capaz de revelar aspectos da água que permaneciam ocultos.>
O estudo sugere que materiais usados em garrafas, tampas e componentes do envase podem contribuir para a liberação gradual de nanoplásticos.>
Ainda assim, os cientistas ressaltam que não é possível atribuir a presença dessas partículas a uma única fonte ou etapa do processo.>
Os autores reforçam que não há conclusões definitivas sobre riscos à saúde. O estudo amplia o conhecimento científico disponível.>
Como destacou a People, a principal contribuição está em abrir novas linhas de investigação sobre partículas invisíveis no consumo cotidiano.>