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Agência Correio
Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 08:14
O consumo de álcool é um tema de saúde pública urgente, associado a cerca de 49 mil mortes por ano na França, de acordo com o Ministério do Trabalho, Saúde e Solidariedade. Os danos do consumo regular de álcool à saúde são significativos, abrangendo múltiplos sistemas do corpo. >
Acima de duas doses diárias para mulheres e três doses diárias para homens, o álcool se estabelece como um importante fator de risco para diversas condições. Entre elas, estão certos tipos de câncer (boca, garganta, esôfago, cólon e reto), doenças hepáticas, como a cirrose, problemas pancreáticos, distúrbios cardiovasculares e questões de saúde mental, incluindo ansiedade e depressão.>
Bebidas alcoólicas
O álcool é classificado como uma "neurotoxina direta", uma substância capaz de prejudicar ou destruir o sistema nervoso. Em entrevista ao jornal The Sun, o neurologista Richard Restak destacou que esse dano induzido pelo álcool afeta diretamente a função cerebral e a memória.>
O consumo excessivo de álcool também tem sido ligado ao início precoce de quadros de demência.>
Para mitigar esses graves riscos à saúde cerebral, Richard Restak, autor do livro Como Prevenir a Demência: Um Guia Especialista para a Saúde Cerebral a Longo Prazo, fez uma recomendação crucial em sua obra:>
"Sugiro fortemente que pessoas com 65 anos ou mais eliminem o álcool de sua dieta de forma completa e permanente.">
O especialista também aconselhou que pessoas de qualquer idade reavaliem sua relação com o álcool, especialmente se ele estiver sendo usado como um mecanismo para acalmar a raiva ou aliviar a ansiedade.>
Segundo o neurologista, existe uma forma específica de demência associada ao consumo excessivo de álcool: a Síndrome de Wernicke-Korsakoff.>
Esta síndrome se manifesta pela "perda grave da memória recente" e é um "resultado do efeito direto do álcool no cérebro", explicou o Dr. Richard Restak. O consumo excessivo e prolongado de álcool pode, a longo prazo, induzir uma deficiência de vitamina B1, fator que pode desencadear a síndrome de Wernicke-Korsakoff.>