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Quanto tempo de caminhada é suficiente para proteger o coração? O que importa são os minutos, não os passos

Pesquisa com mais de 33 mil participantes aponta que a duração contínua do exercício traz mais benefícios cardiovasculares do que apenas o número total de passos dados ao longo do dia

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 10:00

Dados do Biobank britânico indicam que caminhar por 15 minutos ininterruptos reduz riscos cardíacos de forma mais eficaz, mesmo em pessoas que caminham pouco. Entenda a análise
Dados do Biobank britânico indicam que caminhar por 15 minutos ininterruptos reduz riscos cardíacos de forma mais eficaz, mesmo em pessoas que caminham pouco. Entenda a análise Crédito: Freepik

A dúvida é comum entre quem busca uma vida mais saudável: é mais eficiente caminhar contando passos ou monitorando os minutos? A ciência já comprovou que caminhar faz bem ao coração, auxilia na perda de peso, reduz a pressão arterial e contribui para a diminuição do colesterol "ruim" e dos níveis de açúcar no sangue.

A atividade física é acessível a quase todos, independentemente da idade, e pode ser praticada a qualquer hora. O programa básico, apoiado por inúmeros estudos e diretrizes de saúde, recomenda 150 minutos de atividade física por semana.

Atividades ao ar livre como caminhada são excelentes para o bem-estar por Shutterstock

Mesmo aqueles que não conseguem se exercitar com alta regularidade podem obter benefícios significativos através da caminhada, especialmente se ajustarem a forma como medem esse esforço.

O que diz o megaestudo com 33 mil pessoas

Novas evidências surgiram de um estudo publicado nos Anais de Medicina Interna, baseado em dados de 33.560 pessoas. As informações foram coletadas pelo UK Biobank, um vasto banco de dados mantido pelo Serviço Nacional de Saúde Britânico, que armazena históricos médicos e monitora a rotina dos participantes. O perfil analisado era majoritariamente composto por indivíduos com mais de 60 anos.

Para chegar a uma conclusão, os cientistas focaram em pessoas sedentárias, que caminhavam menos de 8.000 passos por dia e não possuíam histórico de problemas cardíacos. Os pesquisadores dividiram esses participantes em grupos baseados na duração da sua caminhada diária mais longa:

  • 5 minutos ou menos;
  • 10 minutos;
  • Pelo menos 15 minutos.

O estudo examinou os registros médicos desses grupos por até 10 anos após o período inicial de monitoramento.

Duração contínua supera a contagem de passos

Os resultados foram considerados consistentes pelos autores. Homens e mulheres que caminharam por pelo menos 15 minutos consecutivos apresentaram os menores riscos de ataque cardíaco e outros problemas cardiovasculares.

O dado mais relevante é que, independentemente do número total de passos dados dentro desse período de 15 minutos, a continuidade da atividade aumentou a probabilidade de longevidade mais do que nos outros grupos. Aqueles que caminharam por 10 minutos ininterruptos também tenderam a viver mais e com menos doenças cardíacas do que o grupo que caminhou apenas 5 minutos por vez.

Uma descoberta surpreendeu os pesquisadores: os efeitos positivos foram diferentes mesmo quando as pessoas davam aproximadamente o mesmo número total de passos por dia. O fator chave parece ser o tempo gasto na atividade de uma só vez.

A hipótese levantada pelos estudiosos é que caminhadas mais longas ativam significativamente e modificam o metabolismo e o sistema cardiovascular de forma mais eficaz do que diversas caminhadas curtas picadas ao longo do dia.

A importância dos hábitos saudáveis

Apesar dos resultados promissores, o estudo faz uma ressalva importante no pós-escrito. Não existe uma relação absoluta de causa e efeito e seria arriscado afirmar categoricamente que caminhar por mais tempo garante, isoladamente, melhores resultados de saúde.

Existe uma associação comportamental forte: pessoas que se dispõem a caminhar por mais tempo geralmente também demonstram maior interesse por alimentação saudável e outros bons hábitos.

Essas escolhas adicionais podem ter um impacto igual ou até superior na saúde do que apenas o tempo gasto caminhando. Portanto, a recomendação é utilizar a caminhada contínua como parte de um estilo de vida equilibrado.