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Conheça o baiano de 10 anos que foi escolhido para programa infantil de engenheiros do ITA

Matheus Cedraz foi uma das 12 crianças escolhidas para integrar o grupo de Sócios-Mirins da AEITA

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 27 de novembro de 2025 às 05:00

Matheus Cedraz, de 10 anos, foi uma das 12 crianças escolhidas para o programa Sócios-Mirins da AEITA em 2025
Matheus Cedraz, de 10 anos, foi uma das 12 crianças escolhidas para o programa Sócios-Mirins da AEITA em 2025 Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Disciplina, dedicação e estudos podem levar uma pessoa para qualquer lugar, inclusive para fora do planeta. Foi seguindo esses princípios que o pequeno Matheus Cedraz, de apenas 10 anos, chegou um pouco mais perto do espaço ao ser uma das 12 crianças selecionadas para integrar o seleto grupo de Sócios-Mirins da Associação dos Engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (AEITA). Único representante da Bahia em 2025, Matheus esteve entre 1 milhão e 50 mil inscritos de todo o país.

O projeto permitiu que a criança conhecesse o polo aeroespacial de São José dos Campos (SP), onde passou uma semana imerso dentro de uma programação que uniu ciência, tecnologia e inovação. O interesse do baiano pela astronomia não é de agora. “Desde sempre”, diz a mãe Camila Cedraz, o menino se mostrou animado com a possibilidade de aprender mais sobre planetas, física, matemática e tudo o que envolve esse universo.

Matheus Cedraz, de 10 anos, foi uma das 12 crianças escolhidas para o programa Sócios-Mirins da AEITA em 2025 por Arisson Marinho/CORREIO

O amor pelo aprendizado levou Matheus a ir atrás de mais conhecimento. Em um caderno apresentado pela irmã Luna, de oito anos, anotações sobre conceitos de física, química e, principalmente, fórmulas recheiam as páginas. Além desse interesse mais avançado, a música é uma das paixões da criança, que aprendeu a tocar piano, violino e flauta. Tudo tem seu espaço na cabeça do menino, que afirma querer ser “engenheiro aeroespacial e músico”.

Foi a partir desse sonho que as participações em olimpíadas começaram, além da vontade de ser um dos sócios-mirins da AEITA. Antes da aprovação, bateu na trave outras duas vezes. Quando finalmente aconteceu, Matheus participou de uma seleção difícil, realizando três etapas de provas da Olimpíada Brasileira de Inovação, Ciência e Tecnologia (OBICT), além do envio de histórico escolar, certificados em olimpíadas científicas, vídeo de apresentação e entrevista online.

A mãe de Matheus ressalta que a família sempre incentivou os desejos do filho, mas nunca impôs obrigações para a criança. Para Camila, era importante que o menino pudesse explorar o que tinha vontade, mas sem permitir que o destaque acadêmico gerasse pressão. “Ele mesmo busca sozinho os conhecimentos. É a curiosidade do universo, ele só ampliou. Mesmo assim, Matheus vive a infância plenamente. Às vezes, as pessoas pensam o contrário, mas ele faz tudo por diversão”, diz.

Empilhando medalhas no quarto, a mesma animação que conta sobre os interesses acadêmicos aparece quando o menino fala sobre o gol que marcou no interclasses do colégio, das brincadeiras com os amigos do prédio e da relação com a irmã mais nova. Xadrez, cubos mágicos e línguas estrangeiras também são pontos de interesse do baiano, que já tem dois livros sobre astronomia escritos.

O projeto, criado em 2022, busca aproximar crianças e adolescentes do universo científico e tecnológico por meio de visitas técnicas e atividades práticas. Matheus visitou instituições de destaque, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Embraer, Visiona, Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Instituto Alpha Lumen, MIC e outros. O programa oferece, ainda, um ano de mentoria acadêmica, com acompanhamento de engenheiros e pesquisadores do ITA, para fortalecer a formação científica dos participantes, como é o caso do baiano.

“Passei a enxergar tudo com outra perspectiva. Volto renovado e muito feliz, com boas recordações, novas amizades, muitos aprendizados, novos sonhos e projetos, além de uma visão mais ampla do futuro. Concorri com crianças muito talentosas, então me senti mais inspirado a estudar, criar e seguir evoluindo. O projeto mudou a minha vida e vem trazendo muitas oportunidades e desafios”, afirmou Matheus sobre a experiência em São José dos Campos.

O Projeto Sócios-Mirins da AEITA costuma selecionar dez crianças por ano para participar da imersão que Matheus viveu em São Paulo. Excepcionalmente, o número subiu para 12 vagas em 2025. O objetivo do programa é identificar, inspirar e desenvolver crianças e jovens talentosos no perfil de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Os interessados em participar da seleção podem conferir o regulamento no site oficial da instituição. Em 2025 as inscrições foram realizadas por meio da OBICT, que correspondeu à 1ª fase da seleção.