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Nauan Sacramento
Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 15:46
O setor aéreo brasileiro entra em alerta máximo nesta reta final de ano. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) confirmou que a Assembleia Geral Extraordinária de greve, marcada para a próxima segunda-feira, 29 de dezembro, está mantida. Caso a categoria não aceite a nova proposta mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), pilotos e comissários podem cruzar os braços a partir do dia 1º de janeiro de 2026. >
A crise se agravou após a categoria rejeitar duas propostas anteriores de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Em audiência realizada nesta terça-feira (23), o TST apresentou um novo texto que prevê um reajuste salarial: 4,68% (composto pelo INPC + 0,5% de ganho real) além de vale-alimentação com aumento de 8% e alterações na escala de repouso para jornadas que envolvam os aeroportos de Congonhas e Guarulhos.>
A ameaça de paralisação atinge principalmente as operações da Azul e da Gol. Na contramão do impasse, os tripulantes da Latam já aprovaram seus acordos coletivos no início do mês, o que garante a normalidade dos voos da companhia durante o período. >
O sindicato afirma que a greve é o "último recurso" diante da falta de valorização profissional. Entre os pontos críticos exigidos pelos aeronautas estão o reajuste de 3% acima do INPC (a proposta atual oferece 0,5%), além de melhorias nas regras de folga e descanso para garantir a segurança das operações e remuneração dos períodos em que os tripulantes estão à disposição das empresas entre um voo e outro.>
Por lei, o sindicato deve comunicar a greve com 72 horas de antecedência. Se aprovada no dia 29, a paralisação começa oficialmente no primeiro dia de 2026, afetando o retorno de milhares de turistas que viajam para as festas de Ano Novo. As empresas aéreas ainda não se manifestaram oficialmente sobre planos de contingência, mas o Ministério do Trabalho e o TST seguem monitorando o caso para evitar o caos aeroportuário. >
A votação desta nova proposta ocorrerá de forma online entre os dias 26 e 28 de dezembro. Se for recusada, a assembleia presencial do dia 29 decidirá pela deflagração imediata do movimento. >