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Intoxicação exógena: família contesta investigação sobre morte de casal em motel

Laudos apontam intoxicação por álcool e drogas, mas parentes suspeitam de ingestão forçada

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 10:03

Jeferson Luiz Sagas e Ana Carolina Silva foram achados mortos em motel
Jeferson Luiz Sagas e Ana Carolina Silva foram achados mortos em motel Crédito: Reprodução

A família de Ana Carolina da Silva, de 41 anos, e Jefferson Sagaz, de 37, contesta os resultados da investigação sobre a morte do casal em um motel de São José, na Grande Florianópolis. A investigação, concluída pela Polícia Civil de Santa Catarina na última quarta-feira (1º), aponta que ambos morreram devido a intoxicação exógena - combinação de álcool e drogas - agravada pelo calor da banheira, que chegou a 50°C.

Apesar de os laudos confirmarem níveis elevados de álcool no sangue do casal, os familiares de Ana Carolina negam que ela fosse usuária de drogas e levantam a hipótese de consumo forçado ou envenenamento.

Em publicação nas redes sociais, a família se disse indignada com a conclusão do inquérito e repudiou o que classificou como “notícias falsas que vêm sendo divulgadas” sobre a empresária. “Diante das inconsistências, levantamos a preocupação de possível ingestão forçada ou envenenamento e exigimos investigação rigorosa, transparente e imparcial”, afirmou a nota, segundo o portal NDMais. 

Jeferson Luiz Sagas e Ana Carolina Silva foram achados mortos em motel por Reprodução

A postagem também reforça que o objetivo é “preservar a memória e a dignidade da Ana, garantindo que a verdade prevaleça sobre especulações cruéis e injustas. Não aceitaremos que sua história seja manchada por suposições irresponsáveis”.  

Laudos apontam consumo letal de álcool

Segundo a Polícia Civil, a investigação contou com 16 laudos realizados entre 11 de agosto e 16 de setembro. Os exames indicam que o casal morreu em horários muito próximos e pela mesma causa.

Conforme os laudos, Jefferson e Ana Carolina consumiram cocaína e grande quantidade de álcool. No corpo da empresária, foram detectados 18,14 decigramas de álcool por litro de sangue, quase três vezes o limite considerado perigoso para embriaguez ao volante, que é 6 decigramas. No militar, o índice foi de 16,4 decigramas.

“Em 3 decigramas de etanol por litro de sangue já há risco letal. Em 5, é considerado coma em pessoas que não têm hábito de beber”, explicou o diretor de Medicina Legal da Polícia Científica, Fernando Oliva da Fonseca, em coletiva de imprensa.

Casal tinha celebrado aniversário da filha

O casal vivia junto há cerca de 20 anos e tinha uma filha de 4 anos, que permaneceu com um familiar na noite em que saíram. Na véspera, eles tinham comemorado o aniversário da criança. Jefferson era cabo da Polícia Militar de Santa Catarina e atuava na Academia da PM, localizada no bairro Trindade, em Florianópolis. Na noite do desaparecimento, Jefferson deixou a arma de porte em casa, onde foi encontrada posteriormente.

Ana Carolina era empresária do setor de beleza, dona de uma esmalteria em São José, e atendia mais de 24 mil clientes ao longo de nove anos. Ela também compartilhava dicas de empreendedorismo, incentivando clientes a estruturarem seus negócios de forma independente.