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Bruno Wendel
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 11:02
Quem conhecia a blogueira Kakay Britto sabia que, mais cedo ou mais tarde, o destino dela seria trágico. Isso porque ela, que acumulava mais de 53 mil seguidores nas redes sociais, promovia paredões no Lobato, que seriam bancados pelo Bonde do Maluco (BDM), assunto revelado aqui nesta Coluna. >
Segundo moradores, Kakay, que foi morta a tiros na madrugada desta quinta (4), não escondia sua relação com a facção das “três letrinhas”. “Ela era sempre vista com eles, subia e descia, levantava bandeira e fazia os paredões do BDM. Em uma destas festas, ela fez uma batalha de naipe e saiu distribuindo caixas de uísque Jack Daniels para os jurados. Só uma garrafa custa R$ 140. Onde ela arranjava dinheiro pra tudo isso? O BDM dava tudo”, conta uma moradora do Lobato. >
Para os moradores, não resta dúvida de que o crime foi cometido pelo Comando Vermelho (CV), que também atua no bairro. “Ela postou a foto, dizendo que estava de luto, pela morte de um cara do BDM, baleado pela polícia na terça (2). Aí, foi a gota d’água e os rivais foram lá e fizeram o serviço”, declara a fonte. A blogueira foi executada, após ter a casa invadida na Rua do Amparo. >
Kakay Britto
Segundo a Polícia Civil, dois homens invadiram a residência onde ela estava e efetuaram os disparos, fugindo em seguida. A influenciadora de 26 anos chegou a ser socorrida por um primo para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos.>
No Instagram, ela compartilhava vídeos de humor e de viagens. Há uma série de destaques com idas para destinos como Chile, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Antes de ser conhecida nas redes sociais, Kakay trabalhou como ajudante de uma baiana de acarajé e rifeira. >