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Adolescente amputa pernas e dedos após confundir doença com gripe: 'Pés verdes'

A estudante universitária Ketia Moponda passou mal, mas não tomou medidas imediatas

  • Foto do(a) author(a) Elis Freire
  • Elis Freire

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 21:35

Ketia Moponda
Ketia Moponda Crédito: Reprodução / SWNS

Uma estudante da Universidade De Montfort em Leicester, na Inglaterra, precisou amputar as pernas e os dedos das mãos em cirurgias após confundir uma doença grave com uma gripe de calouro. Ketia Moponda chegou a ficar em coma mas teve sua vida salva e hoje busca conscientizar outras pessoas sobre o que viveu.  

Segundo a SWNS, oito dias após chegar na faculdade, em setembro de 2024, Ketia começou a se sentir mal. A jovem de 19 anos não tomou medidas imediatas porque acreditava que seus sintomas – que começaram com apenas uma tosse – eram causados ​​pela gripe de calouro, que frequentemente afeta alunos no início do ano letivo.

Ketia Moponda foi diagnosticada com doença meningocócica por Reprodução / SWNS

À publicação, ela relatou que se sentiu sonolenta certa noite durante o jantar, tomou um remédio e foi para a cama. Porém, quando acordou no dia seguinte, sentiu-se pior ainda. Moponda ligou para sua prima e melhor amiga durante todo o dia, dizendo a esta última que sentia como se "fosse morrer". Como ela não compareceu no dia seguinte, sua amiga contatou a universidade.

A estudante de marketing e publicidade foi encontrada inconsciente em seu dormitório e transportada para a UTI do hospital Leicester Royal Infirmary.

Moponda foi diagnosticada com doença meningocócica. Segundo o manual MSD, a meningococcemia, ou doença meningocócica, é uma infecção bacteriana grave que geralmente se manifesta com doença sistêmica aguda, incluindo febre, calafrios, mialgias e artralgias. No caso de Ketia, a condição levou à sepse, condição inflamatória espalhada pelo organismo.

Por conta da doença, a caloura da faculdade sofreu amputações nos dedos das mãos em dezembro do ano ano e em ambas as pernas em janeiro. "Não me lembro de nada disso, mas tenho sorte de estar viva", destacou ela, que estava com apenas 1% de oxigênio no sangue quando chegou ao hospital. 

"Meus pés estavam verdes e inchados", disse ela. "Meus órgãos estavam falhando, e os médicos disseram à minha família que, se eu acordasse, provavelmente teria morte cerebral", contou ainda. 

No hospital, Moponda foi colocada em coma e acordou dois dias depois. Ela lembrou que "não conseguia ver nem falar e demorou uma semana inteira para que eu começasse a falar". Durante o tratamento, a pele dos dedos das mãos e dos pés ficou inchada e dolorida devido à falta de fluxo sanguíneo. Ela também contraiu uma infecção devoradora de carne nas nádegas, que foi tratada com um enxerto de pele das coxas.

"Eu simplesmente chorava o tempo todo. Eu me sentia tão magoada que aquilo estava acabando com meu espírito", acrescentou.

Aspirante à modela, Moponda tinha um estilo de vida ativo e precisou "renascer" após tudo que viveu. "Senti como se toda a minha vida tivesse acabado de começar e agora eu tivesse que recomeçar tudo de novo, de forma diferente."

A jovem recebeu alta do hospital em fevereiro deste ano e recebeu próteses nas pernas alguns meses depois, em maio. Reaprendendo a andar, Ketia deixou claro: “Isso não me torna menos pessoa [...] Sou eu mesma, sem pedir desculpas, e quero ajudar outras pessoas a se sentirem confiantes sobre quem são e sua aparência.”

Tags:

Doença Adolescente Saúde