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Amor proibido: por que é tão difícil evitar romances no ambiente de trabalho

Mesmo fora do escritório, vínculos profissionais continuam abrindo espaço para o amor

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 10:00

Convivência diária ajuda a explicar por que colegas se envolvem
Convivência diária ajuda a explicar por que colegas se envolvem Crédito: Freepik

Mesmo cercado de regras internas e códigos de conduta, o ambiente profissional segue sendo palco de histórias de amor. Nem o trabalho remoto conseguiu conter um fenômeno que insiste em atravessar gerações.

Especialistas em comportamento organizacional apontam que a rotina compartilhada cria conexões profundas. Seja presencialmente ou online, a lógica da atração continua operando nos bastidores do trabalho.

Acessando e-mail por Shutterstock

Entender por que isso acontece ajuda a explicar não só os romances no escritório, mas também a forma como relações humanas se constroem em ambientes de convivência prolongada.

Embora ainda seja tratado como um tema delicado, o envolvimento amoroso entre colegas está longe de ser exceção. Pesquisas indicam ampla aceitação e mostram que o interesse por colegas é mais comum do que se imagina.

Esse comportamento acompanha a história do trabalho. A professora Amy Nicole Baker lembra que, desde os primeiros escritórios modernos, já havia registros de aproximações românticas entre profissionais.

O motivo é simples: o trabalho ocupa grande parte da vida adulta. Com tantas horas compartilhadas, o escritório acaba se tornando um dos principais espaços de socialização e possíveis encontros afetivos.

Trabalho, convivência e atração

A psicologia explica parte desse processo. Um dos fatores centrais é a repetição: quanto mais alguém é visto, maiores as chances de despertar interesse. Esse efeito atua de forma quase automática.

No cotidiano profissional, essa exposição é constante. Conversas frequentes, decisões conjuntas e trocas diárias criam intimidade emocional, mesmo quando o contato acontece por telas.

Segundo Baker, em entrevista à BBC, a proximidade não depende do espaço físico. A interação contínua, ainda que virtual, mantém a sensação de presença e favorece o surgimento de vínculos afetivos.

Afinidade, estresse e laços

Além da convivência, a semelhança pesa. Colegas costumam compartilhar formação, valores e objetivos, o que aumenta a sensação de identificação mútua.

Outro elemento importante é o estresse. Desafios comuns, prazos apertados e crises no trabalho funcionam como experiências compartilhadas que aproximam as pessoas.

“Passar por algo difícil juntos leva a uma sensação de ‘nós’”, resume a psicóloga Amie Gordon à BBC. Esse sentimento de parceria pode, aos poucos, extrapolar o campo profissional.

Inevitável e complicado

Apesar de frequentes, romances no trabalho não são simples. Eles podem gerar desconforto na equipe, conflitos internos e dúvidas sobre limites profissionais.

Vanessa Bohns aponta que a presença de um relacionamento muda a dinâmica do grupo, tornando menos claras as normas de convivência.

Diante disso, especialistas defendem transparência. Para quem se envolve, o ideal é avaliar riscos e entender que, no trabalho, o amor raramente passa despercebido.