Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Elis Freire
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 21:06
Novo boletim médico que o CORREIO teve acesso na noite desta quinta-feira (2) detalha o estado de saúde do rapper Hungria, internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, após suspeita de intoxicação por metanol, substância encontrada na adulteração de bebidas alcoólicas em São Paulo e outros estados do Brasil. O cantor deu entrada na unidade de saúde pela manhã com náuseas, vômitos e visão turva. >
De acordo com o boletim, o artista está "estável, consciente, orientado, com respiração espontânea" e não apresenta alterações visuais. Ainda segundo a atualização, Hungria iniciou sessões de hemodiálise para acelerar a eliminação de toxinas do organismo. Não há previsão de alta.>
Rapper Hungria
O doutor Leandro Machado, responsável pelo acompanhamento clínico do artista, confirmou que o quadro é compatível com os efeitos da substância presente em bebidas adulteradas. “Os estudos mostram que, até 72 horas após a ingestão do metanol, ele pode começar a apresentar sintomas. O Gustavo apresentou todos os sintomas, por isso, nós fizemos essa hipótese de intoxicação por metanol. Todo o tratamento está sendo feito com a hipótese de que ele foi contaminado por metanol”, afirmou o médico à imprensa.>
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento que o cantor bebidas em um depósito de Vicente Pires em Brasília, na noite anterior à internação. O governo federal e a Secretaria de Saúde do DF ainda não identificaram casos de contaminação por metanol na capital e afirmaram em coletiva que o caso de Hungria segue como "suspeita" até confirmação por exames. O artista vai remarcar os shows previstos para este final de semana.>
O caso do rapper ocorre em meio ao aumento de notificações de intoxicação por metanol no Brasil. Em São Paulo,11 pessoas tiveram diagnóstico confirmado na última semana, e outras 41 estão sob suspeita, totalizando 52 ocorrências.>
Pertencente à família dos álcoois, o metanol é utilizado em processos industriais, solventes e na produção de combustível. A ingestão acidental pode ser grave, em pequenas quantidades já provoca sintomas semelhantes aos da embriaguez, como fala arrastada e reflexos lentos. Em doses mais altas, pode causar dor abdominal, vômitos, perda de visão e até morte.>