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Chá e café têm efeitos opostos e podem comprometer os ossos em mulheres idosas; saiba como não errar

Ingestão de mais de 5 xícaras por dia foi ligada à menor densidade mineral óssea; álcool piora o efeito

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 11:30

O risco do café aparece quando a ingestão diária ultrapassa níveis elevados.
O risco do café aparece quando a ingestão diária ultrapassa níveis elevados. Crédito: Imagem: PxHere

<p>Embora o consumo moderado de café pareça ser seguro para a saúde óssea, a ingestão em excesso pode apresentar riscos reais para mulheres mais velhas, segundo estudo australiano. Pesquisadores analisaram detalhadamente o impacto desse hábito na densidade mineral óssea (DMO).</p>

Os resultados apontam que mulheres idosas que consomem mais de cinco xícaras da bebida diariamente apresentaram uma DMO menor em comparação com as outras participantes do estudo. Este achado é crucial para o entendimento dos fatores de risco.

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A pesquisa, publicada na revista científica *Nutrients*, avaliou dados de 9.704 mulheres que participavam do Estudo de Fraturas Osteoporóticas (SOF). Todas tinham 65 anos ou mais e consumiam café ou chá rotineiramente.

Risco do alto consumo

Os pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, concluíram que a saúde óssea não é afetada negativamente quando a ingestão da bebida é feita de maneira controlada e moderada. O problema surge no exagero.

As análises sugerem que o consumo que ultrapassa cinco xícaras por dia tem uma relação direta com uma densidade mineral óssea mais baixa em mulheres na terceira idade. A baixa DMO é um sinal claro de vulnerabilidade.

Um dos colaboradores do estudo, Ryan Liu, explicou que estudos laboratoriais anteriores já haviam demonstrado o potencial de interferência da cafeína. O teor de cafeína do café pode interferir na absorção de cálcio e no metabolismo ósseo.

Entretanto, Liu pondera que esses efeitos identificados em laboratório são considerados pequenos e têm a possibilidade de serem atenuados de forma simples. A adição de leite ao café, por exemplo, pode suavizar esses impactos negativos.

A coautora Enwu Liu enfatiza que, apesar de o consumo moderado de café parecer seguro para as mulheres idosas, o consumo muito elevado pode ser desaconselhável. É importante buscar o equilíbrio diário.

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A influência do álcool

Um dos achados mais relevantes do estudo diz respeito à interação entre o café e o consumo de álcool pelas participantes. O café demonstrou um efeito pior na densidade óssea entre as participantes que bebiam muito álcool.

O estudo concluiu que o café não exibiu um efeito tão negativo na massa óssea das mulheres que ingeriam pouco ou mesmo nenhum álcool. Isso sugere que o álcool potencializa o risco associado ao excesso de café.

A coautora Enwu Liu reforça que o consumo muito elevado de café pode não ser a melhor opção, “especialmente para mulheres que consomem álcool” regularmente. A atenção deve ser redobrada neste grupo.

A osteoporose, condição em que os ossos ficam frágeis e menos resistentes, é uma preocupação grande. Ela favorece fraturas e afeta cerca de uma em cada três mulheres com idade superior a 50 anos.

Para medir a densidade mineral óssea das participantes, a equipe utilizou o exame DXA, que é um tipo específico de raio X de alta precisão. As medições foram feitas nas regiões do colo femoral e do quadril.

Os pesquisadores também analisaram dados demográficos, hábitos de atividades físicas, a presença de comorbidades e o uso de medicamentos ao longo do tempo. Isso garantiu que a análise estatística fosse completa.

Chá como contraponto

Em contraste direto com o café em excesso, a pesquisa indicou que o chá está, na verdade, associado a ossos mais fortes em mulheres idosas. A DMO no quadril foi ligeiramente maior nas consumidoras de chá.

O professor Enwu Liu explicou que mesmo as menores “melhorias na densidade óssea podem se traduzir em menos fraturas em grandes grupos” de pessoas. Isso demonstra o valor preventivo da bebida.

O consumo moderado de chá pode ser visto como uma forma simples e prática de promover a saúde óssea no dia a dia. É um hábito de fácil adoção para as mulheres mais velhas.

Ryan Liu enfatiza que os resultados não devem ser interpretados como uma ordem para mudar drasticamente os hábitos. O recado não é para “abandonar o café ou começar a beber litros de chá”, conforme ele resume.

Ele apenas reflete que, além dos nutrientes já conhecidos, como a vitamina D e o cálcio, que são “fundamentais para a saúde óssea”, o que está na xícara também exerce seu papel. O chá pode ser um aliado.

O estudo da Flinders University serve como um lembrete de que o estilo de vida, incluindo as escolhas de bebidas diárias, tem um impacto cumulativo e significativo no corpo ao longo do tempo.

Os pesquisadores analisaram 9.704 mulheres com 65 anos ou mais, que tinham o hábito de consumir chá ou café diariamente, para avaliar as consequências a longo prazo. O estudo foi publicado na *Nutrients*.

O chá, diferentemente do café em excesso, mostrou-se benéfico e até pode ser útil para pessoas que vivem com obesidade, segundo os achados da pesquisa australiana. A moderação é a chave para o consumo de café.