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Comer fígado, coração e rins fortalece músculos, melhora o sangue e turbina o metabolismo

Alimentos ricos em ferro, vitaminas e proteínas de alta qualidade voltam a ganhar espaço nas dietas equilibradas

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 08:30

Espetinho de coração
Espetinho de coração Crédito: Divulgação

Muito além de uma tendência sustentável, o consumo de miúdos, como fígado, coração e rins, vem sendo redescoberto por quem busca uma alimentação mais rica e nutritiva. Pesquisadores apontam que esses alimentos, muitas vezes deixados de lado, concentram altos níveis de proteínas, vitaminas e minerais essenciais para a saúde e podem ajudar na prevenção de deficiências nutricionais.

Estudos recentes mostram que 100 gramas de fígado, por exemplo, fornecem cerca de 36% da dose diária recomendada de ferro, enquanto a mesma quantidade de carne moída entrega apenas 12%. Além disso, os miúdos são fontes importantes de vitaminas A, B12, zinco e ácido fólico, fundamentais para a produção de energia, a regeneração celular e o bom funcionamento do sistema imunológico.

Veja formas de inovar no preparo do fígado por (Divulgação/YouTube/Internet)

“Cem gramas de fígado fornecem cerca de 36% da dose diária recomendada de ferro, enquanto a mesma quantidade de carne moída oferece apenas 12%”, destaca o estudo conduzido pela Universidade de Swansea, no País de Gales. A autora, Tennessee Randall, explica que a valorização desses alimentos pode trazer ganhos não só individuais, mas também coletivos. “Consumir mais miúdos pode contribuir para uma dieta saudável e representar uma recomendação viável para uma alimentação sustentável”, afirma.

De acordo com a pesquisadora, o aumento do consumo dos miúdos ajudaria a aproveitar melhor o animal, reduzindo o desperdício e o impacto ambiental da produção de carne. Mas o ponto central, diz ela, é o valor nutricional: “Eles são fontes completas de proteínas, com todos os aminoácidos essenciais, além de minerais que melhoram a saúde do sangue, dos músculos e do metabolismo”.

A resistência cultural, no entanto, ainda é um desafio. “Muitas pessoas nunca experimentaram e sentem repulsa só de pensar. Outras evitam por não saber como preparar uma refeição saborosa que também agrade à família”, observa Randall. Uma alternativa seria incluir os miúdos em pratos do dia a dia, como molhos, refogados ou carnes moídas enriquecidas com fígado e rim.

O estudo identificou que receitas como espaguete à bolonhesa com adição de miúdos foram vistas como mais saborosas e fáceis de preparar do que os cortes servidos isoladamente. “As pessoas associam o sabor familiar da bolonhesa à segurança e mostram mais curiosidade em provar”, explica a pesquisadora.

Os especialistas reforçam que o consumo moderado e equilibrado desses alimentos pode fortalecer o corpo, melhorar os níveis de ferro e prevenir a fadiga, a anemia e a perda muscular, especialmente em pessoas com dietas restritivas ou mais velhas. Além disso, são opções econômicas e versáteis, que podem contribuir para uma alimentação mais acessível, variada e completa.

“Grande parte dos miúdos produzidos ainda é exportada, o que os torna mais baratos do que outros cortes, mas isso não significa que sejam de qualidade inferior”, pontua Randall. “Pelo contrário, são alimentos riquíssimos e que merecem voltar a ocupar espaço na mesa.”

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Coração Dieta