Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

É mentira ou verdade? As baratas podem mesmo sobreviver a uma explosão nuclear?

Especialista em biologia revela se a barata tem, de fato, super-resistência a uma explosão nuclear

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 17:00

Biólogo analisa o mito da barata nuclear e explica por que 90% das espécies animais teriam mais chances de sobreviver a um cenário pós-apocalíptico
Biólogo analisa o mito da barata nuclear e explica por que 90% das espécies animais teriam mais chances de sobreviver a um cenário pós-apocalíptico Crédito: Freepik

Você já se deparou com aquela famosa história de que, em caso de um conflito nuclear, somente as baratas seriam capazes de resistir? Pois bem, é precisamente essa afirmação que nossa seção "Curiosidade em Foco" desta semana se propôs a analisar. Será que esses pequenos animais realmente possuem imunidade contra detonações atômicas?

O especialista em biologia, professor Rubens Oda, esclarece à Globo que a classe dos insetos representa uma vasta maioria, compondo 90% das espécies animais existentes no planeta Terra.

Barata por Shutterstock

"Se fosse necessário escolher um sobrevivente provável a uma detonação nuclear, minha aposta seria em um inseto, e não na humanidade", afirma o docente. Contudo, mesmo inclinando-se a favor dos insetos, o professor ressalta que a barata não possui uma aptidão extraordinária.

Características das baratas

"A estrutura externa da barata é o exoesqueleto, feito de quitina, idêntico ao de qualquer outro inseto", detalha ele. Em outras palavras, a barata não demonstra nenhuma resistência fora do comum contra a radiação, tampouco ao intenso calor e à onda de choque gerados por uma explosão nuclear.

O que ocorre é que certas particularidades inerentes a ela a colocariam em uma posição de benefício em um cenário de crise extrema.

"Ao observar as baratas nas grandes metrópoles, nota-se que elas residem em sistemas de esgoto, em fissuras. Estão constantemente em refúgios".

Por este motivo, suas probabilidades de suportar uma grande explosão são superiores às de um ser humano, que tem seu habitat primário na superfície terrestre – uma razão que explica a construção de abrigos nucleares subterrâneos durante o período da Guerra Fria. Outro fator que favorece a barata é a amplitude de sua dieta.

"Uma porção reduzida de matéria orgânica já é suficiente para sua subsistência".

A realidade da super-resistência

Não só a barata, mas também outras espécies que habitam locais protegidos e possuem hábitos alimentares versáteis, demonstram um potencial elevado de sobreviver a um evento nuclear. "Lamento desmistificar sua crença de que as baratas são seres super-resistentes, mas a verdade é que elas não possuem nada de especial", conclui Rubens Oda.