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Estalar o pescoço pode ser perigoso: conheça a história da jovem de 23 anos que teve AVC após movimento simples

Natalie, que é paramédica, sentiu vergonha de chamar uma ambulância

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 14:00

Um estalo no pescoço quase custou a vida da australiana Natalie Kunicki
Um estalo no pescoço quase custou a vida da australiana Natalie Kunicki Crédito: GoFundMe

Estalar as articulações é um hábito que muitos de nós temos, mas para a australiana Natalie Kunicki, de 23 anos, um movimento simples no pescoço quase teve um fim trágico. Em um momento de relaxamento em Londres, a jovem paramédica esticou o pescoço e ouviu um "estalo" alto, um som que, 15 minutos depois, revelaria ser o gatilho para um derrame cerebral.

A história de Natalie é um alerta de que nem tudo que parece inofensivo é realmente. A jovem, que é saudável e não tem histórico familiar de AVC, desabou após o estalo, ficando com o lado esquerdo do corpo paralisado. A emergência médica trouxe à tona uma situação rara: a fratura no pescoço rompeu uma artéria vital, causando um coágulo no cérebro.

Natalie Kunicki por Reprodução

O caso da paramédica mostra como eventos espontâneos e com chances "de uma em um milhão" podem surpreender, mesmo pessoas jovens e ativas. Ela encarou o susto, mas os médicos agiram rápido, reparando a artéria e dando início à longa jornada de recuperação.

A noite que mudou tudo

Natalie Kunicki estava em Londres, na casa de uma amiga, assistindo a um filme depois de uma noite fora. Em um movimento despretensioso na cama, ela esticou o pescoço e escutou o "estalo" que, a princípio, ignorou, seguindo em frente e adormecendo.

No entanto, o despertar veio com a terrível percepção: a jovem não conseguia mais mexer a perna esquerda. Ao tentar ir ao banheiro, desabou no chão.

O estalo era um sinal

O que parecia um mal-estar qualquer rapidamente se mostrou uma emergência. Natalie, que é paramédica, sentiu vergonha de chamar uma ambulância, temendo que a encontrassem "embriagada", e duvidava que estivesse sofrendo um AVC por ser jovem e saudável.

Contudo, seu amigo precisou ajudá-la. “Meu amigo teve que vir me buscar. Ele achou que eu estava bêbada, mas eu sabia que havia algo mais errado. Achei que tinha sido drogada”, contou a paramédica ao The Sun.

Diagnóstico e cirurgia

Quando os socorristas chegaram, o diagnóstico revelou a seriedade da situação: a fratura no pescoço rompeu a artéria vertebral, que é fundamental. Essa ruptura levou à formação de um coágulo sanguíneo no cérebro, o que desencadeou o derrame.

Como resultado, o lado esquerdo de Natalie ficou quase totalmente paralisado. Os cirurgiões agiram rapidamente e conseguiram reparar a artéria com um stent, embora não pudessem remover o coágulo, esperando que ele se dissolva naturalmente com o tempo.

A longa recuperação

A recuperação de Natalie exigiu quase um mês de internação, focado em retomar os movimentos do braço, perna e mão. "Recuperei os movimentos do meu lado esquerdo. Consigo andar, mas não por mais de cinco minutos", disse a jovem.

O processo, como se pode ver, é lento e requer paciência. Tarefas simples se tornaram um desafio, afinal, ela ainda sente dificuldades: “Sou muito desajeitada. Não consigo abotoar botões, acho muito difícil. Posso sentir calor e frio agora, mas ainda me sinto um pouco dormente”.

Chance de uma em um milhão

A australiana mudou-se para Londres em 2017 para trabalhar no Serviço de Ambulância e sonha em voltar ao seu emprego. A família dela criou, inclusive, uma página no GoFundMe para ajudar com os custos médicos.

Apesar de tudo, Natalie ainda se surpreende com o ocorrido: “Eu não fumo, não bebo muito, não tenho histórico familiar de AVC, então é muito estranho que isso tenha acontecido comigo enquanto eu simplesmente me mexia na cama”, disse ela. “Foi algo espontâneo, e a chance de acontecer é de uma em um milhão.” Ela espera que, em seis a 12 meses, consiga realizar "tarefas leves".