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Elis Freire
Publicado em 10 de setembro de 2025 às 19:10
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) emitiu decisões favoráveis à Ivete Sangalo, em primeira e segunda instância, em processo movido pelo Grupo Clareou para barrar o uso do nome "Ivete Clareou" em turnê de sambas da cantora por uso indevido de marca. As decisões são do dia 21 de julho e 15 de agosto e foram consultadas pelo CORREIO nesta quarta-feira (10).>
O grupo musical alegou no processo que o uso da expressão "Clareou" na turnê violava o seu direito marcário, gerava "confusão no público consumidor e concorrência desleal". No entanto, a decisão de primeiro grau do TJSP reconheceu que a palavra “Clareou” é de uso comum, pertencente ao dicionário brasileiro, e que o nome "Ivete" associado `"Clareou" já cumpre o papel distinto da marca, diferenciando-o de "Grupo Clareou". >
Decisões da Justiça de São Paulo - Ivete X Grupo Clareou
Nos documentos oficiais consta que músicos recorreram e perderam novamente em segundo grau. Desta vez, o Desembargador Relator decidiu que o Grupo não possui domínio exclusivo do termo "Clareou", mas das expressões “Grupo Clareou” e “Do Nada clareou”, devidamente registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial em 2010 e 2022, respectivamente. Ivete Sangalo, por sua vez, detém o direito de propriedade da marca "Ivete Clareou", registrada este ano, antes da divulgação da turnê que estreia 25 de outubro em São Paulo. >
Registros das marcas "Ivete Clareou", "Grupo Clareou" e "Do Nada Clareou"
Entre os pedidos dos autores da ação estavam a cessação imediata do uso do nome "Clareou" para a turnê de Ivete, a retirada de todo o conteúdo e físico e digital contendo a marca, sob pena de multa, e a indenização por danos morais devido ao suposto uso indevido da marca. Com as decisões contrárias, a artista baiana poderá seguir normalmente com a divulgação do projeto inspirado na sambista Clara Nunes.>
Mesmo após as duas decisões contrárias o vocalista do Grupo Clareou, Branco, voltou a falar sobre o caso, em entrevista publicada pelo Extra nesta quarta-feira (10) e disse que "os advogados estão resolvendo a situação". >
Ele aproveitou para negar a intenção da banda de se aproveitar da fama de Ivete para "aparecer". “Muita gente que não conhece o processo de registro de marcas achou que a gente queria arrumar briga com Ivete ou proibi-la (de cantar). Não é nada disso. Não houve briga. É só sobre o uso do nome mesmo”, argumentou o cantor.
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