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Os riscos do óleo de cozinha são maiores do que se pensava? Especialista faz alerta

Especialista revela por que os resultados ainda não devem mudar hábitos alimentares

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 28 de dezembro de 2025 às 17:00

Pesquisa com ratos reacende debate sobre o consumo de óleo de soja e seus efeitos no peso.
Pesquisa com ratos reacende debate sobre o consumo de óleo de soja e seus efeitos no peso. Crédito: Freepik

Um ingrediente presente em cozinhas do mundo todo voltou ao centro das atenções científicas. Um estudo recente analisou os efeitos do óleo de soja no organismo e levantou questionamentos sobre sua relação com o ganho de peso.

A pesquisa foi feita com ratos, mas os mecanismos observados despertaram interesse por envolver substâncias ligadas à inflamação e ao acúmulo de gordura corporal.

Diante da repercussão, cresce a dúvida sobre o impacto real desses dados na alimentação humana. Uma professora finlandesa ajuda a colocar o tema em perspectiva.

Óleo é opção para quem não quer pagar caro no azeite por Shutterstock

Como a pesquisa chegou a esses resultados

O estudo, publicado no Journal of Lipid Research, acompanhou ratos submetidos a dietas ricas em gordura. Aqueles que consumiram óleo de soja apresentaram aumento de peso mais expressivo em comparação a outros grupos.

Os pesquisadores observaram que o ácido linoleico, abundante nesse óleo, é transformado pelo organismo em compostos chamados oxilipinas. “O consumo excessivo de ácido linoleico pode aumentar os níveis de oxilipinas”, afirma Ursula Schwab, professora da Universidade da Finlândia Oriental, ao portal filandês TM.

Um dado que chamou atenção foi o comportamento de ratos geneticamente modificados, que não ganharam peso apesar da mesma dieta. Agora, os cientistas buscam entender esse mecanismo com mais precisão.

Nem todos os óleos se comportam da mesma forma

Embora o foco esteja no óleo de soja, ele não é o único rico em ácido linoleico. O óleo de girassol apresenta índices ainda mais altos, enquanto o azeite e o óleo de colza aparecem com níveis bem mais baixos.

Segundo dados do Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar, essas diferenças ajudam a explicar por que certos óleos são associados a perfis metabólicos distintos. Ainda assim, o consumo total de gordura segue sendo um fator decisivo.

O crescimento do uso do óleo de soja, especialmente em produtos industrializados, também entra na equação. Nos Estados Unidos, sua participação calórica aumentou significativamente no último século.

O que muda quando falamos de humanos

Para a professora Ursula Schwab, os resultados devem ser interpretados com cautela. “É importante distinguir estudos com animais de estudos com humanos”, destaca.

Ela lembra que pesquisas com ratos ajudam a entender processos biológicos, mas não determinam efeitos diretos na população. Além disso, qualquer alimento gorduroso pode levar ao ganho de peso se consumido em excesso.

Schwab chama atenção para outro ponto pouco discutido: a ingestão insuficiente de ácido alfa-linolênico. Segundo ela, esse desequilíbrio pode ser mais preocupante do que o excesso de ácido linoleico.

Entre alertas e escolhas conscientes

Entre os óleos mais utilizados na Finlândia, o de colza se destaca por conter maior quantidade de ácido alfa-linolênico. Já o óleo de soja oferece menos desse nutriente essencial.

As recomendações nutricionais indicam que ambos os ácidos devem estar presentes na dieta em proporções adequadas. “Um adulto deve consumir pelo menos 25 gramas de óleo vegetal por dia”, reforça Schwab.

No fim, o estudo não aponta vilões isolados. Ele reforça a importância do equilíbrio alimentar e do consumo consciente, especialmente em um cenário dominado por alimentos ultraprocessados.