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Agência Correio
Publicado em 2 de novembro de 2025 às 15:00
Você provavelmente já notou esse comportamento: homens colocando as mãos dentro das calças. Não é algo novo, mas parece estar mais frequente do que nunca. >
Em geral, eles fazem isso em momentos de descanso, quando estão em casa, relaxando. Mas há quem leve o hábito para além das quatro paredes, no transporte público, nas ruas, ou mesmo em locais de trabalho, o que costuma incomodar quem presencia.>
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O curioso é que, segundo especialistas, pode haver mais camadas nesse comportamento do que apenas uma questão de conforto ou costume.>
Relatos indicam que o ato se intensificou desde a pandemia de Covid-19. Quando questionados, muitos homens justificam dizendo que o fazem para se aquecer, se ajustar ou simplesmente por conforto.>
Mas, conforme apontam os estudos recentes, existe outro fator envolvido, e ele não é tão óbvio quanto parece.>
O coach de performance Martin Brooks, autor de Body Language Decoder (“Decodificador da Linguagem Corporal”), explicou ao The Times que o gesto pode ser um sinal de “energia nervosa”.>
Brooks detalhou: “Além disso, a ocitocina é o hormônio do amor liberado pelo contato físico. Às vezes, as pessoas fazem coisas como acariciar a barba para se confortarem. Essa curiosa atividade pública pode ser uma estranha combinação de deslocamento e comportamento de autoconforto.”>
Segundo ele, o comportamento também pode estar ligado a uma mudança nas “normas sociais”, em que os homens passam a “chamar a atenção para sua masculinidade de novas maneiras”.>
“É uma questão de status, sugerindo: 'É nisso que estou pensando'”, acrescentou.>
Brooks ainda destacou um terceiro motivo, que considera o mais surpreendente: o gesto pode ser uma forma de rebeldia.>
Ele comparou a atitude com hábitos antigos: “Antes, as pessoas fumavam e não era necessariamente porque gostavam, eu não gostava, mas é uma forma de dizer às pessoas mais velhas: 'Vou fazer o que eu gosto'.”>
O especialista em comportamento Darren Stanton concorda com a análise de Brooks e acredita que a pandemia teve papel central nesse fenômeno.>
Ele explicou: “Muitas coisas que as pessoas faziam em casa se tornaram mais aceitáveis, como ir ao supermercado de pijama ou usar o viva-voz em público. A Covid dessensibilizou isso.”>