Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

121 mortos: o que você achou da megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio?

A ação policial resultou na morte de 121 pessoas e afetou o transporte público, a saúde e a educação dos moradores da região

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Elaine Sanoli

  • Wladmir Pinheiro

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 15:10

Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro
Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

A mais letal operação policial já registrada na história do país resultou na morte de 121 pessoas, quatro delas policiais, nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação policial afetou o transporte público, a saúde e a educação da região nesta terça-feira (28).

Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção por Reprodução

O governador do Rio, Claudio Castro, classificou a operação como "um sucesso". "Ontem foi um dia histórico para o Rio de Janeiro, a maior operação da história da polícia. Na reunião com os governadores, foi demonstrada solidariedade e apoio, parabenizando a ação. Temos condições de vencer batalhas, mas sozinhos não dá para ganhar uma guerra contra o estado paralelo, que tem um poder bélico e financeiro cada vez maior", disse o governador.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o governador preste esclarecimentos sobre a operação. Defensores dos direitos humanos, organizações da sociedade civil e movimentos sociais denunciam a ação como um "massacre". Familiares dos mortos apontam que os corpos encontrados tinham sinais de execução, como tiros na cabeça e até mesmo mutilações.

A especialista em segurança pública e Diretora do Instituto Fogo Cruzado, Cecília Oliveira disse que a operação está longe de enfrentar efetivamente o problema das facções criminosas no Brasil.

“O CV e o PCC [Primeiro Comando da Capital] são resultados de um país que decidiu empurrar o problema da segurança pública para debaixo do tapete por mais de 30 anos”, criticou.

A especialista apontou caminhos para o enfrentamento que não inclui a morte de pessoas em massa. “Combater o crime exige outra lógica. A gente precisa atacar fluxos financeiros e patrimoniais, fortalecer corregedorias independentes, combater a corrupção dentro do Estado. Sem isso, as ações apenas deslocam a violência de um lugar para outro, e o ciclo continua rodando”, apontou.