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CBF anuncia implantação do impedimento semiautomático no próximo Brasileirão

O anúncio foi feito durante a reunião que inaugurou o Grupo de Trabalho (GT) da Arbitragem

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 10 de novembro de 2025 às 20:46

Samir Xaud, presidente da CBF
Samir Xaud, presidente da CBF Crédito: Divulgação/CBF

O presidente da CBF, Samir Xaud, confirmou a implantação da tecnologia de impedimento semiautomático para a temporada de 2026, no Campeonato Brasileiro da Série A. O anúncio foi feito durante a reunião que inaugurou o Grupo de Trabalho (GT) da Arbitragem, que reuniu representantes de clubes, federações, especialistas nacionais e internacionais. O GT construirá, em 60 dias, diretrizes para modernização da arbitragem e modelo de profissionalização será prioridade.

A implantação do impedimento semiautomático é mais um investimento feito pela CBF na modernização do futebol brasileiro. Embora já contasse com uma tecnologia das mais avançadas, a implantação do semiautomático é vista como um passo para oferecer decisões mais precisas, ágeis e transparentes.

“Nosso olhar é para o futuro. Essa nova gestão está investindo pesado em tecnologia. O sistema de VAR que utilizamos hoje já é um dos mais modernos do mundo. Mas queremos mais. A partir de 28 de janeiro, na abertura do Campeonato Brasileiro, o impedimento semi-automático será implementado”, disse o presidente Samir Xaud na fala de abertura do evento. A empresa responsável pela implantação é a Genius Sports, que tem como clientes a FIFA, federações nacionais como a Argentina e a Inglesa e ligas nacionais.

Durante a fala, Xaud lembrou que a função da arbitragem no futebol também é a de empregar respeito ao jogo e, ao endossar sua confiança nos árbitros brasileiros, lembrou que o respeito às decisões de árbitros, assistentes e árbitros de vídeo é fundamental para o bom andamento do futebol brasileiro. “A CBF está de portas abertas para construir, junto com vocês, uma arbitragem mais forte, mais respeitada e mais preparada para os desafios do futebol moderno”, disse.

Quem preside o GT é Netto Góes, vice-presidente da Federação Amapaense de Futebol (FAF). Góes fez uma fala de abertura e depois uma apresentação em que detalhou o cronograma do GT e suas prioridades: o investimento em tecnologias e protocolos e a profissionalização da categoria, que será feita a partir de um modelo construído com experiências de profissionalização bem sucedidas das principais ligas do mundo.

“É interessante a participação dos clubes da Série A, Série B e das federações para um debate muito plural. É ideal que a gente consiga sair da reunião inicial definindo os pilares de atuação e metas do grupo de trabalho, e que a gente consiga chegar até o final da temporada com planos de ações executivos para entregar para a gestão, e conseguir profissionalizar e implementar novas tecnologias. Só vamos precisar entender quais são os modelos a serem implementados no Brasil. Tenho certeza que 2026 vai ser uma temporada com muita mais fluidez da arbitragem, com uma transparência ímpar”, disse Góes.

O evento reuniu representantes de Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Juventude, Mirassol, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, Sport, São Paulo, Vasco da Gama e Vitória, da Série A, e Athletico Paranaense, Atlético Goianiense, Criciúma, Ferroviária, Goiás, Remo, Vila Nova, da Série B.

Federações do Amazonas, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, São Paulo, Roraima, Sergipe também prestigiaram a reunião.

O CEO do Botafogo, Thairo Arruda, elogiou a iniciativa da CBF em enfrentar problemas do futebol brasileiro que há anos esperavam solução, como a arbitragem, mas também o fair play financeiro e as reformulações no calendário. “Isso mostra como a CBF está dedicada a resolver os temas principais do futebol brasileiro. Nesta primeira reunião, foram algumas horas iniciais e muito produtivas. Já deu para entender como o mundo tem tratado o tema da arbitragem. Claro que a gente tem as nossas características nacionais, mas temos muito a aprender com o mundo, que já vivenciou e já implementou muita coisa importante, como o impedimento semiautomático”, disse.

Na programação da reunião, a CBF convidou especialistas internacionais, como o ex-assistente da Premier League, Harry Lennard, atual diretor de arbitragem da empresa Genius, desenvolvedora do sistema de impedimento semiautomático com maior credibilidade no mundo. Lennard falou sobre o caminho de profissionalização feito na liga inglesa e as mudanças que a tecnologia do semiautomático traz mundo afora.

“Acho que a maior vantagem é restaurar o fluxo natural da informação: a bola entra, uma decisão é feita, o VAR faz a decisão, VAR passa ao juiz que diz ao mundo. No sistema atual, quando você está desenhando as linhas, as pessoas de casa conhecem a decisão antes de que as pessoas no gramado saibam. Nosso sistema tenta restaurar o fluxo natural de informação e compartilhar e dar decisões mais rápidas, mais confiáveis e com mais credibilidade”, disse.

Também compuseram a programação Enrique Cáceres, da comissão de arbitragem da Conmebol, e Néstor Pitana, ex-árbitro argentino que integra o Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais da CBF. O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra, destacou as dificuldades que as competições brasileiras trazem para a arbitragem, mas reforçou a confiança nas mudanças que o GT promoverá.

“Aproximação de critério é a primeira etapa. Isso vem com o entendimento do que o futebol espera dos árbitros. Eles hoje são instruídos a fazer um trabalho empático de saber o que clube, o que o campeonato e a CBF esperam dele. Temos a certeza que temos profissionais ávidos para que possam se aproximar. São referência lá fora e precisam mostrar serviço todos os dias. Porque nosso futebol é um dos maiores do mundo”, encerrou.