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Pedro Carreiro
Publicado em 12 de novembro de 2025 às 17:34
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou, na noite da última terça-feira (11), a primeira versão do Fair Play Financeiro, sistema que promete transformar a gestão econômica dos clubes brasileiros. O anúncio aconteceu no Rio de Janeiro, durante a última reunião do Grupo de Trabalho (GT) responsável pela elaboração do regulamento. >
Os participantes do GT, que reúne 77 clubes, federações e representantes do setor, terão até o dia 14 de novembro para enviar sugestões. A versão final do texto será publicada em 26 de novembro, e a implementação do modelo está prevista para janeiro de 2026.>
Segundo o diretor executivo da CBF e relator do grupo, Helder Melillo, cerca de 80% das contribuições apresentadas pelos participantes foram incorporadas ao texto preliminar. Ele destacou que o processo de construção foi marcado pelo diálogo e pela colaboração entre as partes.>
“O novo regulamento reflete, em grande parte, as propostas apresentadas pelos clubes e federações. A CBF está aberta para atuar junto às instâncias competentes nos pontos que ultrapassam o escopo de atuação da entidade”, afirmou Melillo.>
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Os temas mais debatidos pelo grupo foram pagamentos em atraso e padronização contábil, que apareceram, respectivamente, 12 e 10 vezes nas propostas enviadas. Entre as medidas específicas para clubes em recuperação judicial, o texto prevê limitação de folha salarial e restrições na janela de transferências, como forma de garantir equilíbrio financeiro.>
A CBF definiu um sistema progressivo de punições para as equipes que descumprirem as regras do Fair Play Financeiro. As penalidades aumentam a cada reincidência: >
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De acordo com a CBF, o modelo brasileiro se baseia nas práticas de Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França, porém com adaptações à realidade nacional. O diretor da CBF Academy, Caio Rezende, explicou que o maior desafio foi equilibrar o rigor financeiro com a flexibilidade necessária ao contexto econômico dos clubes brasileiros. >
“Estudamos profundamente os grandes modelos europeus, mas buscamos criar algo que fizesse sentido aqui. O objetivo é garantir sustentabilidade, evitar gastos acima das receitas e atrair investimentos sem engessar a gestão”, afirmou Rezende.>