Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Novo técnico do Vitória, Jair Ventura é especialista em salvar equipes do rebaixamento

Em três oportunidades distintas - Botafogo, Sport e Juventude - ele assumiu times na zona de rebaixamento e conseguiu a salvação

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 05:30

Jair Ventura
Jair Ventura Crédito: Ingryd Oliveira/ACG

Na 17ª posição do Campeonato Brasileiro, com 22 pontos, o Vitória tenta uma última cartada para escapar do rebaixamento: a contratação de Jair Ventura, que tem acerto com o clube e deve ser anunciado como novo técnico da equipe nesta quarta-feira (24).

Após a equipe não conseguir engrenar na competição sob o comando de Thiago Carpini, Fábio Carille e Rodrigo Chagas, o técnico de 46 anos foi o escolhido pela diretoria para tentar salvar o time nas 14 rodadas finais. A missão do novo comandante rubro-negro é repetir um feito que já alcançou algumas vezes em sua carreira: resgatar equipes em situação delicada e escapar da degola.

1ª rodada - Juventude 2 x 0 Vitória  por Victor Ferreira/EC Vitória

Começo de carreira: do rebaixamento à Libertadores pelo Botafogo

Auxiliar técnico do Botafogo desde 2009, Jair Ventura teve sua primeira oportunidade como treinador principal do Glorioso apenas em 2016, substituindo Ricardo Gomes. Ele assumiu o time na 17ª colocação, com 20 pontos após 18 partidas. Sob seu comando, a equipe viveu uma grande transformação: foram 12 vitórias, três empates e apenas cinco derrotas em 20 jogos.

Essa arrancada espectacular fez o Botafogo terminar o campeonato na 5ª posição, com 59 pontos, conquistando uma vaga na Libertadores do ano seguinte. O bom trabalho rendeu a Ventura o prêmio de melhor treinador daquele Brasileirão.

Em 2017, ele permaneceu no clube e teve um ano considerado razoável: o time terminou o Brasileirão em 10º, chegou às semifinais da Copa do Brasil e às quartas de final da Libertadores. Ao todo, foram 72 partidas no ano, com 30 vitórias, 18 empates e 24 derrotas.

Passagem por gigantes paulistas em 2018

Após não repetir o sucesso da primeira temporada, Ventura deixou o Botafogo para assumir o Santos no início de 2018. No Peixe, seu trabalho também não se destacou: foi eliminado nas semifinais do Paulistão, caiu na fase de grupos da Libertadores e foi demitido em julho, com o time na 13ª colocação do Brasileirão.

Ainda em 2018, assumiu o Corinthians em setembro, com a equipe nas semifinais da Copa do Brasil e na 8ª posição do nacional. Ele levou o time à final do torneio de mata-mata, mas perdeu o título para o Cruzeiro. Nos pontos corridos, a campanha foi abaixo do esperado, terminando em 13º lugar, sem vagas para competições continentais, o que resultou na sua saída do clube.

Experiência no Nordeste e nova campanha de escape

Após quase dois anos sem comandar, Ventura retornou ao comando técnico de uma equipe em agosto de 2020, assumindo o Sport, que era o 17º colocado, com apenas 4 pontos em cinco rodadas. O técnico lutou contra o rebaixamento durante quase toda a competição e conseguiu salvar a equipe, que terminou na 15ª colocação, com 42 pontos (11 vitórias, cinco empates e 17 derrotas em 33 jogos).

Elenco do Vitória treinando em preparação para encarar o Grêmio (23/9) por Victor Ferreira/EC Vitória

Trabalho ruim na Chape

Jair Ventura foi demitido do Sport no início de 2021, após perder a final do Campeonato Pernambucano e ser eliminado na fase de grupos da Copa do Nordeste. Rapidamente contratado pela Chapecoense, viveu talvez seu pior momento: em 14 jogos, conquistou apenas quatro empates e sofreu dez derrotas, deixando a equipe na lanterna do campeonato.

Volta por cima com mais uma escapada

Ainda em 2021, ele voltou à Série A para comandar o Juventude e conseguiu salvar o time gaúcho do rebaixamento. Assumiu a equipe na 17ª posição, com 28 pontos em 27 rodadas. Com cinco vitórias, três empates e três derrotas nas 11 rodadas finais, garantiu que o time terminasse na 16ª colocação, com 46 pontos.

Bons trabalhos nos grandes de Goiás

Após começar 2022 com maus resultados pelo Juventude, Ventura foi demitido e rapidamente assumiu o Goiás para a disputa do Brasileirão. Liderou uma campanha segura, terminando na 13ª colocação, com 46 pontos e classificação para a Sul-Americana do ano seguinte. Apesar do bom trabalho, optou por não renovar com o clube.

Em julho de 2023, fechou com o Atlético-GO para a disputa da Série B. Assumiu o time na 11ª colocação, com 27 pontos, longe do G-4. Sob seu comando, a equipe teve uma recuperação impressionante: 11 vitórias, quatro empates e quatro derrotas, terminando em 4º lugar, com 64 pontos, e conquistando o acesso à Série A.

Em 2024, conduziu o Atlético-GO ao inédito tricampeonato goiano, com um recorde de 15 vitórias consecutivas. No entanto, foi demitido em julho, após um início irregular na Série A (duas vitórias, dois empates e seis derrotas), que deixava a equipe na 16ª colocação.

Trabalho regular na segunda passagem pelo Juventude

Logo após sair do Atlético-GO, Jair Ventura teve uma segunda passagem sem grande brilho pelo Juventude. Assumiu o time na 13ª posição, com 21 pontos após 17 rodadas. Não conseguiu fazer a equipe evoluir na tabela, escapando do rebaixamento por pouco, ao terminar o campeonato na 15ª colocação, com 45 pontos. O ponto positivo foi a campanha na Copa do Brasil, onde chegou às quartas de final e quase eliminou o Corinthians.

Trabalhos recentes em 2025

Jair Ventura começou o ano no Goiás, mas foi demitido após ser eliminado nas semifinais do Campeonato Goiano pelo rival Vila Nova, mesmo tendo levado a equipe à final da Copa Verde (da qual não participou por já ter sido desligado). Ao todo, foram 20 jogos, com 10 vitórias, seis empates e quatro derrotas.

Na sequência, assumiu o Avaí no início da Série B. Com ele no comando, o time chegou a figurar entre os candidatos ao acesso, ficando a apenas dois pontos do G-4 na 21ª rodada. Porém, a equipe caiu de produção e, atualmente, ocupa a 11ª posição, com 37 pontos, a seis pontos da zona de acesso.