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Pedro Carreiro
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 17:42
A temporada de 2025 mal terminou, mas o Vitória já trabalha intensamente no planejamento para o próximo ano. Em 2026, o Leão terá um calendário um pouco mais enxuto — não disputará novamente a Sul-Americana — e estará envolvido em apenas quatro competições: Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Ainda assim, a maratona de jogos promete ser desafiadora em razão das mudanças implementadas pela CBF no calendário nacional. >
Diferentemente desta temporada, em que a Série A começou no final de março, após o término do estadual, em 2026 o Baianão terá início já em 10 de janeiro, enquanto o Brasileirão começa no dia 28. Um fator que ameniza o ritmo nas primeiras semanas do ano é o fato de que, com a permanência na elite, o Vitória ingressa diretamente na 5ª fase da Copa do Brasil, reduzindo o número de datas; além disso, a Copa do Nordeste só começa em março.>
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Mesmo assim, a simultaneidade entre Baianão e Série A preocupa a diretoria. Em entrevista ao CORREIO, o presidente Fábio Mota detalhou por que considera o estadual uma competição pouco atrativa — tanto pelo baixo retorno técnico quanto pelo risco elevado de lesões provocadas pelas condições dos gramados.>
“O Baiano é um campeonato deficitário, muito deficitário, o mais deficitário de todas as competições. Nível técnico baixíssimo, você não ganha nada de jogada, quando vista a nível técnico. Você joga em gramados horrorosos, estádios ruins, viagem longa, e você com um elenco de Série A, caro… Se você lesiona um ou dois jogadores, acabou o seu ano”, afirmou.>
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Com essa preocupação em pauta, Mota confirmou que o Vitória disputará o estadual com um time “misto”, formado majoritariamente por jogadores da base e atletas retornando de empréstimo. O elenco será comandado por Rodrigo Chagas, ídolo do clube e membro da atual comissão técnica, e se apresenta no dia 26 de dezembro para iniciar a preparação.>
“A ideia é que a gente jogue o Campeonato Baiano com uma equipe mista, atletas que estão voltando de empréstimo, atletas da base que a gente precisa ver mais. Por exemplo, Cauã, que todo mundo botou o olho; Zé Breno, que fez uma grande Série C pelo Londrina, precisa jogar”, explicou o presidente.>
O grupo também contará com atletas que buscam retomar ritmo após lesão, caso de Claudinho e possivelmente de Jamerson, além de jogadores pouco utilizados ao longo da temporada — especialmente os estrangeiros contratados na última janela.>
“Jogadores tipo Claudinho, que estão lesionados há algum tempo, podem usar o Baiano para ganhar ritmo, para jogar, para rodar. O próprio Jamerson, que está voltando da lesão, se assim a gente renovar, precisa jogar para ganhar minutagem”, destacou Fábio Mota.>
“A ideia é botar esse povo para jogar, para ganhar minutagem, para a gente observar, porque não deu nem tempo. Savério mesmo não deu nem tempo de jogar. Rubem Rodrigues também. Ismael está lesionado, tem que esperar”, concluiu.>
Enquanto isso, o elenco principal só se apresenta no dia 3 de janeiro, com foco exclusivo no Campeonato Brasileiro. O objetivo é realizar uma campanha mais estável e evitar chegar à rodada final novamente lutando contra o rebaixamento.>