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Quem trouxe? Galo e galinha surpreendem e viram mascotes da Alba

Batizados com inúmeros nomes, os animais apareceram a cerca de dois meses e caíram nas graças dos funcionários da Casa

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 26 de novembro de 2025 às 05:00

Galo e galinha da Alba
Galo e galinha da Alba Crédito: Monique Lôbo/CORREIO

O barulho do funcionamento da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) é interrompido diariamente, há cerca de dois meses, por cacarejos. Isso mesmo, um cacarejo alto que ecoa até em alguns corredores da Casa a qualquer hora do dia, ou da madrugada. Na parte de fora, ao lado da entrada principal, um galo e uma galinha fizeram do canteiro a sua morada.

Os novos vizinhos, no entanto, não tem causado incômodo. Quem passa, para pra ver, tenta uma interação ou deixa um agradinho para o lanche do casal. Os funcionários estão habituados com a presença de animais nos arredores, especialmente aves.

Galo e galinha da Alba por Monique Lôbo/CORREIO

Não é de hoje que o Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde está localizada a Alba, é palco de oferendas de religiões de matriz africana. Topar com uma galinha em uma das vias do complexo público não é tarefa das mais difíceis, como destacou o CORREIO em reportagem feita pelo jornalista João Gabriel Galdea.

Tanto a abundância de área verde no local quanto a natura decisória das atividades da Assembleia Legislativa são características que atraem essas oferendas, chamadas de ebós, como explica o Mobá de Xangô do Terreiro Ilê Axé Opô Aganju, Dadá Jaques. "Ebó significa oferecer, presentear. Ele é feito exatamente lá por causa da presença do CAB, onde são tomadas as decisões, leis, regras. E aquela energia está ali. E as pessoas chamam essas energias para intereferir nos seus pedidos", conta.

Prometida

E o que isso tem a ver com o galo e a galinha? É que, ao que tudo indica, o galo chegou lá há cerca de dois meses através de um ebó. "Geralmente, quando botam [oferendas], eles [os animais] vão para a mata. Aqui tem até galinha da Angola. Mas esse ficou por aqui", revela um policial militar que atua na segurança da Alba e pediu para não ter o nome revelado.

Segundo ele, o galo estava debilitado, magrinho e muito triste. "As pessoas disseram que ele precisava de companhia. Uma jornalista disse que iria trazer uma galinha e essa apareceu", acrescenta o agente.

A jornalista da TV Alba, Samyle Fonseca, conta que prometeu trazer uma companheira para o galo, mas só poderia fazer o enlace em dezembro. Antes mesmo dela se movimentar, a galinha surgiu no local, há cerca de um mês.

Se foi um casamento arranjado ou não, a verdade é que a companheira deu outra vida para galo. "Ele passou a cantar depois da galinha. É uma alegria! Viraram os mascotes da Alba", garante a secretária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Valéria Silva.

Apaixonado e ciumento, ele não costuma causar tumulto, a não ser se resolverem mexer em sua amada. "Ele não deixa tocar na galinha dele", conta aos risos o policial militar.

Albinho, Cleber, Seu Madruga ou Nelito?

A convivência tem estreitado a familiaridade dos animais com os funcionários da Casa. "Eu achei estranho quando ouvi o galo cantar a primeira vez, pensei que era o toque do celular de alguém. Mas já acostumei. Não incomoda. Tem gente que já deu nome, chama ele de Bozó, aí eu chamei a galinha de Bozolina. Chamam também de Cleber, Seu Madruga...", afirma a recepcionista da TV Alba, Dery Batista.

O policial militar conta que também foram batizados de Albinho e Albinha, em homenagem à silga da Assembleia Legislativa. Já Valéria Silva revela que eles também ganharam os nomes de duas "lendas" da Casa: Nelito e Dengo. "São os nomes de um homem e uma mulher que ficam circulando por aqui. Não são funcionários, mas estão sempre aqui pintando horrores. Aí, batizaram com os nomes deles. Todo mundo chama", garante.

Além de nomes, não falta comida. Sejam os agentes da guarda ou os funcionários de outros setores, todo mundo ajuda como pode. Além de alimentar o galo e a galinha, eles também garantem as refeições das galinhas da angola, cachorros e gatinhos que vivem por lá. "Todo mundo que chega aqui traz algo. Eu trago milho. Algumas pessoas falam que eles não estão no habitat deles, mas eu falo logo: eles estão bem, deixa eles aí", finaliza o policial, afastando qualquer possibilidade de despejo para os novos moradores.

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Pet Pets Galinha Mascotes Alba Inusitado Galo