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Wendel de Novais
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 10:47
A polícia prendeu um médico oftalmologista e perito do INSS identificado como José Gabriel Bloise de Meira em flagrante na cidade de Itapetininga, em São Paulo. Ele teria matado duas pessoas a tiros e atear fogo nos corpos dentro de uma clínica. >
O crime aconteceu na segunda-feira (20) e as investigações da Polícia Civil apontam que o crime foi planejado com antecedência. Isso porque o suspeito tentou simular um assalto para render as vítimas antes de executá-las. >
As vítimas, Marcelo de Souza Nogueira, dono da clínica, e Paulo Correia Leite Júnior, morreram no local. Um terceiro homem, Aguinaldo Antônio de Queiroz, foi baleado, socorrido em estado grave e transferido para um hospital em Sorocaba. >
De acordo com a polícia, o médico alugou um carro dias antes do crime, estacionou o veículo estrategicamente na região central da cidade — conhecida pela dificuldade de vagas — e entrou na clínica sozinho. >
Médico planejou mortes e tinha dono da clínica como alvo
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele caminha tranquilamente até o local e, depois do ataque, sai a pé e percorre cerca de sete quarteirões até o carro usado na fuga. >
A polícia descobriu que o carro havia sido devolvido à locadora na manhã desta terça-feira (21), pouco antes da prisão. José Gabriel foi detido no prédio do INSS, onde trabalhava como perito médico. >
Na casa dele, os agentes apreenderam uma arma calibre 38, colete à prova de balas, dinheiro, roupas usadas no crime, um computador, um cofre e um celular. O suspeito obrigou as vítimas a se ajoelharem antes de atirar. >
A perícia indica que os disparos foram feitos de trás para frente, atingindo principalmente a cabeça das vítimas. Em seguida, o suspeito teria usado álcool em gel para incendiar os corpos, causando queimaduras severas. >
O principal alvo do crime, segundo a polícia, era o proprietário da clínica, Marcelo de Souza Nogueira. A Guarda Civil Municipal foi acionada logo após o incêndio e encontrou o cômodo em chamas. >
As imagens de segurança e os objetos apreendidos devem ajudar a confirmar a dinâmica do crime e o grau de premeditação. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que agora busca esclarecer a motivação do médico.>