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Wendel de Novais
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 10:20
A cozinheira Antônia Ione Rodrigues da Silva, 45 anos, morta a tiros dentro de casa, foi intimidada e ameaçada pelo Comando Vermelho (CV) antes do crime. Por trabalhar com policiais, ela era visada e foi assediada por integrantes da facção. >
Antes de ser morta, o CV tentou fazer com que ela aproveitasse a função de cozinheira da Polícia Militar do Ceará para envenenar agentes. Além disso, era constantemente ameaçada pela amizade que tinha com policiais. >
O crime aconteceu na madrugada do último sábado (18), no distrito de Flamengo, zona rural de Saboeiro, no sertão do Ceará. Antônia foi morta a tiros enquanto dormia e encontrada por um dos filhos. >
Cozinheira foi morta após se recusar a envenenar policiais
Mais conhecida como Bira, ela trabalhava como cozinheira do destacamento da Polícia Militar de Saboeiro, função que deixou em dezembro do ano passado. Mesmo fora do posto, era vista pelos traficantes como uma ‘informante’. >
Durante a operação policial que seguiu o crime, dois homens, de 20 e 21 anos, foram presos, e um adolescente foi apreendido sob suspeita de participação na execução. Conforme o G1, os três são apontados como integrantes do Comando Vermelho. >
O filho de Bira contou à polícia que o adolescente apreendido já havia ameaçado a mãe de morte dias antes do crime. Moradores da comunidade também confirmaram que os suspeitos tinham desentendimentos antigos com a vítima. >
Todos os três detidos negaram envolvimento e ligação com facções, mas o adolescente declarou em depoimento que foi convidado pelos outros dois suspeitos para participar da ação um dia antes do assassinato. >
Antônia Ione deixa dois filhos e era muito conhecida na comunidade por sua atuação como cozinheira e por ajudar os vizinhos. A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil do Ceará. >