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Wendel de Novais
Publicado em 3 de novembro de 2025 às 09:56
Foco de grande repercussão desde a megaoperação da polícia nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, a Japinha do Comando Vermelho (CV) não teve a morte confirmada pela polícia. Isso porque a instituição divulgou o nome de 115 dos 117 integrantes da facção que teriam morrido em confronto na noite domingo (2). >
Entre eles, no entanto, não costa nenhum nome de mulher. Até o momento, a Japinha não teve a identidade completa revelada. Ela, virou tema de diversas matérias desde operação por ser linha de frente do CV, ter trocado mensagens com uma amiga antes de morrer e ter tido imagens do corpo vazadas após morte, o que gerou apelo da família.>
Japinha do CV
Apelidada de “musa do crime”, ela foi morta de forma brutal após trocar tiros com policiais. No local, Japinha usava colete tático e roupa camuflada quando foi atingida por disparos de fuzil no rosto. Na estrutura da facção, a traficante atuava como soldado de linha de frente, participando diretamente dos confrontos armados. >
Apesar de não ocupar posição de liderança, era conhecida nas comunidades dominadas pela facção por marcar presença nas principais trocas de tiros e por ser considerada pessoa de confiança da alta cúpula do CV. >
Japinha era responsável por proteger rotas de fuga e pontos estratégicos de venda de drogas nas áreas controladas pela facção. Mesmo durante a operação, a resistência dela e de outros integrantes teria permitido a fuga de “Doca”, outro criminoso procurado. >
O corpo da traficante foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade após horas de tiroteio. >
Mensagens >
Japinha trocou mensagens com uma amiga antes de ser morta. Por volta das 9h, enquanto estava dentro da mata, ela revelou que estava no meio de um tiroteio para evitar a chegada da polícia. As informações foram passadas por Japinha depois de receber uma ligação da amiga, que estava preocupada. >
“Oi, não vamos ficar aqui, não. Eles estão aqui em cima de nós. A bala está comendo. Helicóptero tá aqui rodando”, informou. “Fica onde você tá, para de maluquice. Tá seguro aí?”, perguntou a amiga antes de não ser mais respondida. Após ser morta com um tiro no rosto, imagens delas começaram a circular pelas redes sociais. >
A irmã da suspeita usou as redes sociais para fazer um desabafo. Em uma publicação, ela pediu que as pessoas parassem de publicar imagens da Japinha morta após ser atingida por um tiro de fuzil no rosto. >
"Por favor, parem de postar as fotos dela morta. Eu e minha família estamos sofrendo muito. Esse perfil será usado para postar fotos dela feliz e sorrindo, em homenagem”, declarou a familiar, ressaltando que as redes sociais da Japinha seriam mantidas para preservar a memória dela para os parentes e amigos enlutados com a morte. >