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Heider Sacramento
Publicado em 27 de agosto de 2025 às 08:54
Em sessão extraordinária na última terça-feira (26), a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) arquivou, por seis votos a um, o processo que pedia a cassação do deputado estadual Lucas Bove (PL/SP). O parlamentar é investigado por violência física e psicológica contra a ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas. >
A denúncia de quebra de decoro parlamentar havia sido protocolada pela deputada Mônica Seixas (PSOL/SP). Apenas Ediane Maria (PSOL/SP), única mulher presente na reunião, votou a favor da cassação.>
A decisão gerou forte reação de Cíntia. Em vídeo publicado no Instagram, visivelmente emocionada e chorando, ela criticou a postura da Alesp: “O Conselho de Ética da Alesp acaba de arquivar um pedido de cassação de um deputado investigado por agredir física e psicologicamente a própria mulher. Os senhores demonstram com isso não apenas o corporativismo dos senhores, mas também a autodefesa masculina presente na Alesp”, declarou.>
A educadora e especialista em comunicação prosseguiu afirmando que os deputados “riem da sociedade” em um momento em que o país discute feminicídio: “Os senhores riem da sociedade num momento em que nós estamos discutindo tanto o feminicídio. E eu estou viva, senhores, graças a mim, porque eu denunciei. Porque eu pedi o divórcio. É por isso que eu estou viva”, disse.>
Cíntia Chagas
Cíntia também criticou a postura do ex-marido, que se dizia um “homem branco” com “cara de rico”, e enfatizou que os parlamentares ignoraram a Justiça: “Os senhores estão dando as costas para a Justiça porque no meu processo judicial eu estou ganhando. Mais do que isso: os senhores acabaram de dar um tapa na cara das mulheres deste país. É nojento”, finalizou.>
O caso, que foi revelado pelo portal LeoDias, continua tramitando na Justiça comum. Lucas Bove responde a processos por violência doméstica, psicológica, ameaça, injúria e perseguição. Ele está atualmente proibido de se aproximar da ex-esposa a menos de 300 metros.>