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Agência Correio
Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 21:00
O Atol das Rocas é uma das paisagens mais singulares do país. Formado por recifes e pequenas ilhas cercadas por águas cristalinas, ele funciona como um berçário natural para diversas espécies. Seu isolamento contribui para a manutenção de um ambiente equilibrado e praticamente intocado. >
A proteção dessa área está nas mãos de Maurizélia de Brito. Há décadas, ela acompanha de perto os ciclos naturais do atol, dedicando-se à conservação e ao monitoramento das espécies que dependem da reserva para sobreviver.>
Atol das Rocas
Mesmo com sua área reduzida, o atol abriga milhares de aves marinhas que usam o local como parada obrigatória. A maior colônia de atobá-mascarado do Brasil está ali, convivendo com outras espécies que encontram refúgio nas pequenas porções de terra que emergem com a maré.>
Nos recifes, a vida pulsa. Tubarões, tartarugas, peixes e outros animais aproveitam o ambiente protegido para se alimentar, descansar e completar seus ciclos. Esse equilíbrio só é possível graças à ausência de pressões humanas e à manutenção da área como reserva integral.>
A vida no atol exige constante adaptação. O acesso é limitado e depende de condições exatas, o que torna cada ida e vinda uma operação delicada. Na base de apoio, os recursos são mínimos, exigindo controle rigoroso e planejamento.>
Zelinha vivenciou esse cotidiano repetidas vezes, aprendendo a respeitar o tempo da natureza. O vento, as marés e a fauna se tornam parte da rotina, influenciando decisões e moldando a dinâmica do trabalho.>
As particularidades do atol fazem dele um laboratório vivo. Ao longo dos anos, dezenas de estudos ajudaram a mapear comportamentos, identificar populações e entender melhor os processos ambientais que sustentam o ecossistema.>
Essas informações se tornam fundamentais para criar políticas de preservação mais eficientes. O isolamento do atol oferece um cenário raro para observar a vida marinha de forma natural, sem interferências externas.>
A continuidade do trabalho de proteção é essencial para que o atol permaneça saudável. Zelinha e os pesquisadores que passam pela reserva garantem que o local continue sendo um refúgio seguro para inúmeras espécies.>
Esse esforço se transforma em referência para ações de conservação em outras regiões do país. Garantir a saúde do atol é contribuir para o futuro da biodiversidade marinha brasileira.>