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Fernanda Varela
Publicado em 1 de outubro de 2025 às 10:00
O mistério “Quem matou Odete Roitman?” paralisou o Brasil no fim dos anos 1980 e entrou para a história da TV. Além da expectativa em torno do último capítulo de Vale Tudo, exibido em janeiro de 1989, a Globo lançou uma campanha publicitária inédita em parceria com o Caldo Maggi, que movimentou milhões de brasileiros.>
Odete Roitman
A ação consistia em um sorteio de 10 milhões de cruzados em prêmios para quem acertasse o nome do assassino da vilã vivida por Beatriz Segall. O público enviava cupons apostando no culpado, e a revelação aconteceu no episódio final, quando a personagem Leila (Cássia Kis) foi desmascarada como responsável pelo crime.>
A escolha surpreendeu, já que quase ninguém suspeitava dela. Entre os participantes que acertaram, cinco receberam 1 milhão de cruzados cada, enquanto um único sortudo levou sozinho o prêmio de 5 milhões de cruzados.>
Pelo poder de compra, dá para estimar que aqueles 10 milhões de cruzados valiam cerca de 80 salários mínimos de 1989. Trazendo por equivalência de salários para hoje, isso ficaria na casa de R$ 110 mil a R$ 120 mil para o prêmio total. Na mesma conta, o prêmio individual de 5 milhões de cruzados equivaleria a algo como R$ 55 mil a R$ 60 mil, e cada 1 milhão de cruzados giraria em torno de R$ 11 mil a R$ 12 mil. >
O sucesso da promoção consolidou o bordão “Quem matou Odete Roitman?” como um dos maiores fenômenos da teledramaturgia brasileira, lembrado até hoje como um dos casos mais marcantes de engajamento do público em uma novela.>