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Agência Correio
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 06:00
Quando abriram sua primeira lanchonete em Arcadia, Califórnia, em 1937, Richard e Maurice McDonald talvez não imaginassem o impacto que causariam. A proposta era oferecer hambúrgueres baratos e prontos em minutos, fugindo do modelo tradicional de restaurantes da época. >
A aceitação foi tão grande que, três anos depois, eles inauguraram um restaurante maior, já com o símbolo do “M” no alto da fachada. A lógica de rapidez e eficiência permaneceu como essência do negócio, atraindo cada vez mais clientes e consolidando um padrão que se tornaria o alicerce do fast food mundial.>
Em 1955, Ray Kroc era apenas um vendedor de máquinas de milk-shake. O destino mudou quando descobriu que os irmãos haviam comprado seis liquidificadores de uma só vez. Ao visitar o local, percebeu o enorme potencial do restaurante e propôs expandir a marca por meio de franquias.>
Seu entusiasmo, no entanto, não era compartilhado pelos fundadores. Eles não tinham interesse em transformar o McDonald’s em um projeto nacional. >
Em 1961, acabaram aceitando vender a empresa por 2,7 milhões de dólares — aproximadamente 8,6 milhões de reais — além de uma promessa de participação de 0,5% nos lucros anuais.>
Esse último detalhe, porém, nunca foi cumprido. O contrato não foi assinado, já que nenhuma das partes quis registrar oficialmente o acordo. >
Assim, Kroc assumiu o controle da rede e levou adiante seus planos de expansão sem olhar para trás.>
Sob o comando de Ray Kroc, o McDonald’s deixou de ser um restaurante regional para se tornar um império. Ele apostou no modelo de franquias, padronizou os processos e transformou a marca em sinônimo de refeição rápida em diversas partes do mundo.>
Quando morreu em 1984, sua fortuna estava avaliada em 500 milhões de dólares. Atualmente, segundo a Brand Finance, a rede vale mais de 40,5 bilhões de dólares e está presente em 119 países, com quase 40 mil unidades.>
Enquanto Kroc conquistava fama e fortuna, os irmãos McDonald tiveram finais distintos. Maurice morreu em 1971, aos 69 anos, vítima de um ataque cardíaco associado ao estresse da perda do negócio.>
Richard, por outro lado, lidou com mais serenidade. De acordo com a Forbes, ele chegou a declarar em 1991 que não se arrependia do acordo: >
“Caso contrário, teria terminado em um arranha-céu com quatro úlceras e oito promotores tentando resolver minha declaração de imposto de renda”. >
O empresário faleceu em 1998, aos 89 anos, deixando uma herança avaliada em 5,7 milhões de reais.>