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Ana Beatriz Sousa
Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 17:46
Dar vida a Chorão, um dos artistas mais intensos e simbólicos do rock brasileiro, não foi apenas um desafio profissional para José Loreto, foi uma experiência que ele descreve como transformadora e até espiritual. Escalado para protagonizar o filme sobre o vocalista do Charlie Brown Jr., o ator afirma que viveu momentos fora do comum durante as gravações do longa, que tem estreia prevista para 2026. >
Desde o anúncio de seu nome no papel principal, Loreto enfrentou resistência e críticas, especialmente de fãs mais fiéis da banda. Mesmo assim, seguiu firme no projeto, que, segundo ele, era um desejo antigo. “Era algo que eu queria muito, batalhei para acontecer. Quando finalmente saiu do papel, foi muito mais intenso do que eu imaginava”, contou em entrevista recente.>
A preparação exigiu uma imersão profunda. Loreto relata que, durante as filmagens, deixou sua própria personalidade em segundo plano para viver Chorão em tempo integral. “Eu acordava, dormia, sonhava como ele. Chorão tomou conta de mim. Foi de manhã, à tarde, à noite… até nos sonhos”, revelou.>
Essa entrega, segundo o ator, teve consequências emocionais fortes. Ele afirma que houve momentos de desgaste extremo, mas também de conexão difícil de explicar. “Foi um trabalho que ultrapassou o artístico. Teve algo espiritual, energético mesmo. Eu fiquei tomado”, disse. Em várias cenas, ele percebeu reações intensas da equipe. “Quando o diretor gritava ‘corta’, eu via gente emocionada, e às vezes até assustada com o que tinha acabado de acontecer ali.”>
José Loreto vai interpretar Chorão em cinebiografia
Apesar do barulho negativo inicial, Loreto acredita que o filme vai virar o jogo. Para ele, toda obra que desperta atenção gera críticas, mas o resultado final deve impactar até os fãs mais exigentes. “Quem ama o Charlie Brown Jr. vai enlouquecer. O filme mostra lados do Chorão que muita gente nem imagina”, garantiu.>
Segundo o ator, o longa não se limita a contar a trajetória artística do cantor, mas mergulha em sua essência, dores, contradições e poesia. “É intenso, verdadeiro e muito fiel ao espírito dele”, finalizou.>