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Fernanda Varela
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 16:56
No ar em “Três Graças”, Juliano Cazarré atravessa uma das fases mais intensas da vida. Aos 45 anos, o ator, que interpreta o ex-traficante evangélico Jorginho Ninja na novela das nove, cuida ainda de seus seis filhos, incluindo filha Maria Guilhermina, diagnosticada com uma rara anomalia cardíaca.>
Juliano e Letícia Cazarré
“Há bastante tempo ela não tem nenhuma intercorrência grave. Agora já está passando várias horas por dia sem respirador. O quadro respiratório e o diafragma estão mais fortes. Ela está muito espertinha, percebendo tudo o que acontece ao redor”, contou o ator em entrevista ao O Globo. Ele também disse continuar pedindo pela recuperação da menina: “Continuo rezando para que ela, um dia, possa sair completamente do respirador e viva sem a traqueostomia e a gastrostomia. A fé sempre me ajuda, porque vejo em tudo a vontade de Deus.”>
Cristão convicto desde 2019, Cazarré define sua fé como o principal alicerce da vida pessoal e profissional. Ao mesmo tempo, rejeita a imagem de militante político. “Não sou bolsonarista. Acho uma tolice. Minha visão política é a doutrina social da Igreja Católica: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como nós mesmos. Deus nos fez livres para pensar diferente. Por isso, defendo a liberdade de todos escolherem a religião que quiserem”, afirmou.>
O ator também comentou o incômodo com a polarização nas redes sociais. “Tem uma turma por aí que se diz muito tolerante, mas não aceita quem pensa diferente. São pessoas que acham que o conservadorismo, a direita e o cristianismo não são posições válidas. Aí tratam todo mundo como inimigos a serem combatidos e nos desumanizam”, disse.>
Cazarré afirma que busca o diálogo com todos os públicos, sem se alinhar a extremos. “Como ator, quero falar com todos os lados. Não faço uma peça de teatro para A ou B. Nesta novela, interpreto um evangélico, mas sou católico. E espero que um irmão evangélico goste. E que os ateus também curtam.”>
Apesar da rotina puxada com seis filhos, o ator descreve a família como fonte de alegria e equilíbrio. “É gostoso correr para casa no fim do dia e contar uma história antes de todos dormirem. Mas é cansativo também. Nem sempre consigo manter a calma, mas posso contar com o perdão de Deus e a possibilidade de recomeços.”>