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Mistério no mar: cientistas registram o primeiro tubarão de cor laranja do planeta

Raro exemplar exibe coloração alaranjada intensa e olhos brancos, resultado de duas mutações genéticas em conjunto

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 7 de novembro de 2025 às 06:00

Tubarão laranja encontrado no Caribe
Tubarão laranja encontrado no Caribe Crédito: Reprodução

Um encontro incomum nas águas do Caribe rendeu aos cientistas uma descoberta inédita: um tubarão-nodriza com coloração laranja brilhante e olhos completamente brancos, registrado próximo ao Parque Nacional Tortuguero, na Costa Rica.

O animal apresenta uma combinação extremamente rara de xantismo e albinismo parcial, condição que quase nunca havia sido observada nessa espécie, oferecendo novas perspectivas para estudos genéticos e marinhos.

Tubarão laranja encontrado no Caribe por Reprodução

A genética por trás do brilho em comum 

O fenômeno observado combina xantismo, responsável pelo acúmulo anormal de pigmentos amarelos e alaranjados, e albinismo parcial, que reduz a melanina e clareia olhos e áreas corporais. Normalmente, essas condições ocorrem isoladamente e já são pouco comuns entre tubarões. A coexistência de ambas torna o caso quase sem precedentes científicos.

Pesquisadores relataram que, sob luz natural, o tubarão exibia um brilho metálico, destacando ainda mais sua coloração única. O contraste entre a pele vibrante e os olhos brancos conferia ao animal uma aparência surreal, quase mitológica, desafiando expectativas sobre padrões naturais na fauna marinha.

Estudar mutações como essa ajuda a ciência a compreender não apenas a genética dos tubarões, mas também processos evolutivos que influenciam a diversidade de cores e adaptações nos oceanos. Cada registro raro como esse melhora modelos e teorias de evolução pigmentária em vertebrados marinhos.

Por que mutações pigmentares importam 

A observação de animais com mutações pigmentares, apesar de fascinante, vai muito além do encantamento visual. Ela pode revelar pistas sobre como espécies respondem a pressões ambientais, ameaças predatórias e mudanças climáticas. Características como coloração alterada, por exemplo, podem afetar camuflagem, interação social e até sucesso na caça.

No caso deste tubarão-nodriza, o impacto ecológico de sua coloração ainda é desconhecido, mas o registro abre caminho para novos estudos comparativos. Entender mutações em meio selvagem é fundamental para saber por que ocorrem, quais fatores ambientais podem influenciá-las e como se manifestam ao longo das gerações.

Além disso, pesquisas desse tipo reforçam a importância de áreas marinhas protegidas e monitoradas. Regiões como Tortuguero tornam-se laboratórios naturais que permitem descobertas que, de outra forma, poderiam passar despercebidas no vasto oceano.

A ciência segue surpreendida pelos oceanos

A descoberta do “tubarão dourado” coloca mais uma peça no quebra-cabeça da biodiversidade marinha e mostra como o oceano ainda guarda segredos capazes de fascinar e desafiar especialistas. Para os pesquisadores, encontrar um exemplar tão singular reforça a necessidade de investir em monitoramento, catalogação de espécies e conservação ambiental.

Embora esse indivíduo tenha retornado livre ao mar, sua imagem e dados coletados permanecerão como referência científica para estudos futuros. A combinação genética rara e a oportunidade de examiná-la diretamente representam um avanço significativo para a compreensão da biologia dos tubarões.

Se há algo que essa descoberta deixa claro é que, mesmo com tecnologias avançadas e séculos de exploração, o oceano continua a surpreender. Cada mergulho pode revelar um novo capítulo da história da vida marinha, e, desta vez, ele veio na forma de um brilho dourado cintilando nas profundezas do Caribe.