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Millena Marques
Publicado em 9 de abril de 2025 às 19:24
A segunda fase da Operação Falsas Promessas foi encerrada nesta quarta-feira (9), com 24 presos, entre eles sete policiais militares. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro, com atuação em diversas cidades da Bahia. >
Entre os capturados estão quatro investigados apontados como lideranças do grupo, localizados em regiões estratégicas como Salvador, Região Metropolitana, Juazeiro, São Felipe e no estado de São Paulo. Eles exerciam funções centrais na estrutura criminosa, coordenando atividades e articulando o esquema de movimentação financeira.>
Entre os detidos estão rifeiros, influenciadores e policiais militares. Nomes como Ramhon Dias, Nanan Premiações, Franklin Reis e Gabriela Silva foram alvos da operação. >
O grupo atuava em Salvador, RMS, Vera Cruz, São Felipe, Juazeiro e Nazaré, utilizando uma estrutura sofisticada de empresas de fachada e “laranjas” para ocultar a origem dos valores arrecadados ilegalmente com rifas fraudulentas.>
Veículos de luxo e armas apreendidas>
Ao todo, foram apreendidas cinco armas de fogo e 27 veículos, sendo 15 localizados em Salvador e 12 no interior. Entre os automóveis estão modelos de alto padrão como uma Hilux, um Jeep Renegade, uma Mercedes C200, uma Mercedes AMG e uma Range Rover. Também foram recolhidos relógios de luxo, R$ 14 mil em espécie, celulares, munições e notebooks. A Justiça autorizou o bloqueio de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, totalizando R$ 680 milhões em bens e valores relacionados ao esquema.>
A operação foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) e mobilizou cerca de 300 policiais civis, com apoio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), da Coordenação de Operações de Polícia Judiciária (COPJ), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento de Polícia do Interior (Depin), do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) e do Departamento de Inteligência Policial (DIP).>
A ação também contou com o acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar, responsável pela apuração disciplinar dos agentes públicos envolvidos, além da participação do Departamento de Polícia Técnica (DPT), cuja equipe composta por perito criminal, médico-legista e técnico foi responsável pela identificação dos custodiados, realização de perícias de lesões corporais e análise das substâncias apreendidas.>