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Elaine Sanoli
Publicado em 13 de maio de 2025 às 21:33
Suspeito de ser um dos fundadores da facção criminosa Anjos da Morte (ADM), que atua no tráfico de drogas em Caraíva, distrito de Porto Seguro, no Extremo Sul do estado, Ullian da Silva Guimarães foi preso nesta terça-feira (13). O homem foi localizado em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. O criminoso ocupava a carta Dama de Ouros do Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).>
De acordo com a SSP, a traficante fugiu do Presídio de Eunápolis, em dezembro de 2023. Ele possui ao menos três mandados de prisão. Ele é parceiro do criminoso conhecido pelo apelido de “Alongado”, intitulado “02” da mesma facção, que acabou morto por Forças Estaduais e Federal, no último sábado (10). Mais conhecido como Gordura, Gordão ou Guigó, Uillian é suspeito de envolvimento em homicídios, tráfico de drogas, latrocínios e roubos a bancos com uso de explosivos.>
Ele ainda é apontado como mandante de invasão de terras na região. Em 2018, Uillian foi condenado a 28 anos e três meses de prisão pela morte do policial militar Denisson Rodrigues Sampaio durante assalto à agência dos Correios de São José da Vitória, no interior da Bahia. >
As investigações indicam que, da capital mineira, ele determinava homicídios, roubos, além dos repasses de drogas, armas e munições.>
O homem apontado como uma das lideranças de uma facção criminosa em Caraíva foi morto no último sábado. Segundo a SSP, Alongado era suspeito de envolvimento com o tráfico de armas e de entorpecentes, homicídios, roubo e lavagem de dinheiro.>
No local do confronto, ainda segundo a polícia, um homem apontado com “segurança” do traficante também foi atingido e não resistiu aos ferimentos. A vítima é o guia de turismo Victor Cerqueira, de 28 anos. Segundo moradores, ele não tinha qualquer envolvimento com o tráfico de drogas. >
A morte de Victor, natural de Itabela, provocou comoção e indignação na localidade. Um abaixo-assinado foi criado por amigos para cobrar investigações. Até a manhã da última segunda-feira (12), o documento já tinha mais de 450 assinaturas.>
Amigos, familiares e moradores espalharam cartazes com frases pedindo justiça pela morte do guia, em uma manifestação na tarde da segunda. De acordo com eles, Victor foi espancado e torturado antes de ser assassinado por policiais. Em um dos vídeos publicados por um perfil que protesta pela morte de Victor, uma moradora questiona a ação policial. "Leva, mata e vai ficar por isso mesmo?", disse a mulher. >