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Cortou ou tingiu o cabelo e deu errado? Cabeleireiro dá dicas de como consertar as madeixas e evitar 'erros'

Se arrependeu do visual? Entenda por que a busca por "consertar" o cabelo aumentou e como proteger sua autoestima

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 6 de novembro de 2025 às 18:00

Especialistas explicam como erros em cortes e colorações afetam a autoestima e dão dicas para evitar prejuízos
Especialistas explicam como erros em cortes e colorações afetam a autoestima e dão dicas para evitar prejuízos Crédito: Freepik

Cortar o cabelo e, no final, não se agradar com o novo visual — seja a cor, o corte ou qualquer outra mudança de repaginada — é uma situação muito comum e, infelizmente, frustrante.

Segundo especialistas, isso ocorre principalmente quando a alteração está fora da rotina do profissional escolhido ou quando a própria pessoa resolve se aventurar na mudança sozinha. Mas não se preocupe: a busca por consertar o cabelo é tão comum que virou um serviço frequente em salões, e entender as causas pode ser o primeiro passo para evitar o problema.

Cabelo tingido por Pexeles / Free Pik

O cabeleireiro Nino Braz Ferreira Campos, que atua em São José dos Campos (SP) há 25 anos, reforça, ao G1, que essa procura por ajustes aumentou significativamente após o período da pandemia. Com o isolamento, muitas pessoas usaram o tempo para tentar fazer o cabelo em casa, seja com ajuda de parentes ou amigos, ou seguindo tutoriais na internet.

Contudo, a falta de experiência com a tesoura ou com a química fez com que os resultados nem sempre saíssem como o planejado, deixando franjas assimétricas, tons de coloração errados ou danos no fio.

Embora o período de isolamento tenha acabado, o especialista aponta que o cenário permanece, motivado por diversos fatores, incluindo a tentativa de economizar, a busca por profissionais menos qualificados ou, simplesmente, o desejo de se aventurar em uma mudança por conta própria.

Como o cabelo malfeito afeta a autoestima e o emocional

O impacto de um trabalho que não agrada no visual vai muito além da estética: ele atinge diretamente a autoestima e o bem-estar emocional. A consumidora Renata Aline Barbosa Dawailibi conta ao G1 que tingiu o cabelo sozinha durante a pandemia e errou a cor e a qualidade da tinta. Ela acabou ficando com o cabelo "muito escuro e muito pigmentado", o que fez com que se sentisse infeliz.

"Isso impacta na autoestima. É muito diferente quando você acerta no cabeleireiro que entende o que você quer, tem realmente uma excelente técnica, cuidados, te fala o que é possível com o seu cabelo e o que não é possível, isso é muito importante também, do estabelecimento, das expectativas e de uma sinceridade, da condição do seu cabelo, como se seu cabelo aguenta aquele procedimento, se é a hora de fazer aquele procedimento, se o seu rosto combina com o corte, se a cor combina com você", analisa Renata.

Outro exemplo é o de Laura Campos Gonçalves, que se deu mal ao fazer um corte em São Paulo com um profissional que tinha um estilo mais despojado, diferente do seu estilo mais clássico.

"Não conseguir fazer mais isso por conta de um corte mal feito me fez ficar bem chateada, e saí correndo pra buscar outro profissional na primeira semana depois do corte", lembra Laura em entrevista ao G1

O cabeleireiro Nino Braz reforça a seriedade da situação. “Um trabalho mal feito no cabelo de um cliente é algo muito sério, que pode mexer completamente com a autoestima da pessoa afetada. Tem muitos clientes que entram em depressão quando recebem um corte ou pigmentação que acaba mexendo negativamente com a sua autoestima”, afirma o especialista.

A importância de testar e a sinceridade do profissional

Muitos erros também ocorrem devido à falta de testes prévios, especialmente em procedimentos químicos como a descoloração. A consumidora Albânia Paola Sequera Valera conta que passou por uma descoloração nas pontas que danificou seu cabelo, exigindo um corte para remover a parte ressecada. O problema, no caso dela, foi o profissional não ter avaliado se o tipo de cabelo aguentaria o procedimento.

Apesar do susto, ela garante que a paixão por transformar o visual continua:

"Sinto que com cada look, corte ou cor que mudo no meu cabelo, sai uma nova versão de mim que me faz sentir uma mulher incrível, que nem um camaleão, muda de cor dependendo de onde ele está, eu posso mudar o meu estilo dependendo de como estou me sentindo", disse Albânia ao G1.

Cuidado com expectativas irreais e a influência da internet

O cabeleireiro Nino Braz comenta que os erros acontecem até mesmo com profissionais experientes. Ele avalia que "15 ou 20 anos de profissão não significam excelência no trabalho", porque o profissional pode estagnar no tempo, deixar de estudar novas técnicas e tendências, e essa falta de estudo leva a erros.

A internet também tem uma certa influência em criar expectativas irreais nos clientes, que pedem visuais que podem não combinar com seu estilo ou paleta de cores.

“Tem cliente que quer um tom de cabelo loiro pérola, vai na internet e pega a foto de uma garota de 18 anos, cheia de produção na foto e manda pra gente. O cabeleireiro que não tem tanta experiência vai olhar naquela ansiedade de entregar aquela cor que a cliente quer, mas não vai analisar com a cliente se aquele tom de fato entra na paleta de cores da cliente, se vai combinar com ela”, explica Nino.

Por que o barato pode sair caro no salão

Muitas vezes, a necessidade de "consertar o cabelo" surge porque os clientes buscam um valor mais em conta, sem realmente conhecer a qualificação do profissional. Essa atitude pode gerar o prejuízo do barato sair caro, obrigando a pessoa a procurar outro especialista e pagar por dois procedimentos para corrigir um erro.

“A cliente que vai atrás de um preço mais baixo tem mais chance de prejuízo, não que quem sabe mais tem que cobrar exageradamente, mas se você vai fazer um corte e for somente atrás de preço, a chance de se dar mal é maior, por isso existe a importância de ir atrás de um preço justo de um profissional que a cliente já conhece", indica o especialista.