Padre Fábio de Melo é criticado após fala sobre perdão: 'E o gerente?'

Padre Fábio de Melo voltou a ser alvo de críticas nas redes sociais após sua participação no programa Sem Censura, da TV Brasil, exibido na noite de quinta-feira (12). Durante o programa, o religioso falou sobre o tema do perdão, mas o público reagiu lembrando a recente polêmica com o gerente de uma cafeteria em Joinville (SC), que acabou demitido após um desentendimento com ele.

“Você precisa perdoar o suficiente para não doer, mas também o suficiente para não esquecer”, disse o padre, em trecho da entrevista divulgado nas redes sociais da emissora. A frase foi suficiente para reacender a polêmica envolvendo o ex-gerente Jair José Aguiar da Rosa.

Nos comentários, internautas acusaram o padre de hipocrisia. “E o gerente que foi demitido? Por tua causa, porque tu foi defender teu macho”, escreveu um usuário. Outro afirmou: “Disse o padre avarento, que colocou na fogueira um funcionário de mercado local, por conta do preço de doce de leite”. Um terceiro comentou: “Fariseu! Prega uma coisa e pratica outra! Minha admiração foi pelo ralo!”

Entenda o caso

Em maio, Fábio de Melo esteve em Joinville, onde se envolveu em uma discussão com funcionários de uma cafeteria da rede Havanna. O religioso afirmou ter sido mal atendido após questionar a diferença entre o preço anunciado na prateleira e o cobrado no caixa por um produto. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, e o gerente Jair José Aguiar da Rosa foi desligado da empresa.

Na época, o padre relatou que a postura do gerente foi “grosseira”, mas disse que não pediu a demissão do funcionário. “Não teria nenhum problema em pagar o preço mais caro. Acho que ele merecia uma outra chance, caso não tivesse um histórico de reclamações”, afirmou.

Fábio de Melo também disse que o gerente não falou diretamente com ele. “A única hora que ele se dirigiu a nós foi quando falou alto: ‘O preço é esse, se não quiser levar, não leva. Não posso mudar no meu sistema’.”

Desabafo do gerente

O ex-gerente da cafeteria, Jair José Aguiar da Rosa, afirmou ao Metrópoles que ficou em “estado de choque” com a repercussão do caso. “Eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca.”

Ele também relatou que está tendo dificuldades para conseguir um novo emprego. “Quero arrumar um trabalho novamente, pois tenho medo de não conseguir mais entrar no mercado. Meu nome está em todos os lugares”, disse.

O gerente afirmou ainda que sofreu ataques nas ruas e que sua família também foi afetada. “Minha imagem foi atacada, minha história deturpada e meu nome jogado ao julgamento da internet sem que eu tivesse a chance de falar.”